“Não tenho ódio nem raiva, tenho pena e dó desta pessoa”, disse a atleta 

Capitã da seleção brasileira de feminino, Fabiana foi alvo de insultos racistas na partida do Sesi-SP contra o Minas pela Superliga. Em entrevista ao UOL Esporte nesta quarta-feira, a meio-de-rede ressaltou que não tem raiva de quem a ofendeu.

“Não tenho ódio nem raiva, tenho pena e dó desta pessoa. Imagina o que vai passar para os outros e para o filho. Sentimento de dó é o pior que posso ter em relação a ela”, disse.

Mineira, Fabiana disse que a situação a incomodou ainda mais por ser no entorno de sua família. As ofensas partiram próximas de sua família e a atleta só foi avisada depois do duelo.

“Primeiramente, estou em situação triste e chateada, nunca pensava em vir falar sobre um caso como esse. É a primeira vez que me acontece e fiquei triste porque foi no meio da minha família. Para ser sincera, eu não ouvi os insultos porque o ginásio estava lotado e eu sempre jogo concentrada. Mas aconteceu ao lado da minha família. Depois do jogo, veio ao meu ouvido o que tinha acontecido. Minha mãe não acreditava que estavam falando aquilo para mim. Mas, todo mundo comprou a briga. E o Minas teve ótima atitude de levar o torcedor preso. Foi uma pessoa que destoou de todo o resto”, afirmou.

Questionada sobre se levará o caso mais para frente, Fabiana disse que está conversando com o Minas para ver qual decisão será tomada. O motivo de expor o caso é para causar reflexão nas pessoas.

“Eu e o Minas estamos conversando e vendo a melhor forma que vamos tomar. É lamentável estar em 2015 e ainda acontecer isso, resolvi falar para fazer as pessoas refletirem”, completou.

Após perceber o ato racista de um torcedor, seguranças do Minas removeram o torcedor do ginásio. Ele ainda foi proibido de entrar em jogos do clube futuramente.