Escola para crianças com deficiência fecha e comissão acompanha transição

Unidade atendia 12 alunos em idade de escolarização do 1º ao 5º ano

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Unidade atendia 12 alunos em idade de escolarização do 1º ao 5º ano

O documento que formaliza a constituição de comissão para acompanhar o processo de reestruturação do ensino especial, em razão da desativação da escola especial Centro Estadual de Atendimento da Audiocomunicação (Ceada) foi assinado no fim da tarde desta quinta-feira (12) pela secretária de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta.

Nesta manhã, pais, alunos e profissionais do Ceada trataram da reestruturação do ensino na área, na Governadoria. Ainda estiveram na reunião, a coordenadora de políticas para a educação especial da Secretaria Estadual de Educação, Adriana Marques Buytendorp, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) e o líder do movimento para acompanhamento da reestruturação, Adriano Gianoto.  
 
O Ceada, localizado no Jardim Bela Vista, está reorganizando suas atividades em 2017 a fim de reforçar os serviços de formação assessoramento, orientação e acompanhamento dos professores do ensino comum, instrutores mediadores na modalidade oral e guias intérpretes que atuam com os estudantes com deficiência auditiva e com surdocegueira em Mato Grosso do Sul.

O grupo pediu a legitimação de uma Comissão para  acompanhamento das atividades nesse período de reestruturação da educação especial. “A Comissão é de fundamental importância para que as famílias, alunos e profissionais sintam-se seguros neste momento de mudança. Esse será um período que poderá trazer algumas inseguranças, mas o Governo do Estado está trilhando caminho a fim de melhorar a situação da educação especial e também pensando não a curto, mas a longo prazo”, ponderou a governadora. A Comissão deve ser nomeada em Diário Oficial nas próximas semanas.
 
Entre as medidas de reestruturação está a desativação da escola especial do centro em 2017, que atendia doze alunos em idade de escolarização do 1º ao 5º ano, seguindo os princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394) – que prevê a integração do educando com necessidades especiais no Sistema Regular de Ensino.  A iniciativa se baseia no bom desempenho dos alunos com surdez matriculados no ensino regular estadual. 

Encaminhamento
 
O processo de migração dos  alunos do Ceada para a rede pública de ensino foi realizado de maneira individualizada e monitorada por uma equipe da Secretaria de Educação a fim de garantir que fossem atendidas as necessidades específicas do estudante, como a disponibilização de um instrutor mediador para cada aluno e matrícula na escola de preferência indicada pelo responsável.
 
A rede Estadual de ensino conta com 276 estudantes com surdez matriculados nas Unidades Escolares e 276 profissionais – entre tradutores de Libras (quando o aluno domina a Língua Brasileira de Sinais) e instrutores mediadores (para alunos ainda em processo de aprendizagem da Libras) ou seja, um intérprete/instrutor por aluno.
 
Centro de Atendimento Educacional Especializado
 

O Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) que já funciona no CEADA continuará oferecendo aulas de reforço no contra turno dos alunos em Libras, como primeira língua (L1), em Língua Portuguesa na modalidade escrita (L2) e Matemática. As aulas estão disponíveis para todos os alunos da Capital.
 
A Secretaria de Estado de Educação também conta com o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS), voltado para a formação, assessoramento, orientação e acompanhamento de professores. O CAS tem como objetivo prever e prover apoio no contexto escolar, dispondo de 261 profissionais especializados na área da surdez, e também, atende anualmente por meio dos cursos de Libras cerca de 780 cursistas, visando a difusão e fortalecimento de uma sociedade bilíngue. (Com informações Notícias MS)

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