ACP critica decisão de adiar início das aulas e destaca necessidade de concurso

Presidente da ACP diz que decisão prejudica professores contratados

O presidente do ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, criticou a decisão do Prefeito Gilmar Olarte (PP) de adiar o início das aulas para o dia 19 de fevereiro e destacou a necessidade de concurso público na Reme (Rede Municipal de Ensino).

Gonçalves afirma que atualmente 50% do quadro de professores é compostos por funcionários contratados e que há necessidade de contratação. “Temos que insistir na abertura de concursos e convocações para resolver isso”, afirma.

Conforme as informações haverá remanejamento de reuniões pedagógicas e cursos de formação continuada de professores. Apesar de não reduzir os dias letivos, para o presidente do ACP, a decisão prejudica os professores contratados.

“Eles não recebem 15 dias em julho, 8 em dezembro, 30 em janeiro e agora vão deixar de receber 19 dias em fevereiro. É complicado porque os professores contratados têm compromissos financeiros e embora não sejam concursados, prestam serviço à educação”, destaca.

Olarte anunciou a decisão depois que o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), atendeu ao pedido de prefeitos do interior, que queriam adiar o início das aulas a fim de economizar com transporte escolar.

Para o presidente da ACP o pedido não deveria ser considerado. “Isso preocupa os professores porque ao mesmo tempo em que se fala em educação em tempo integral estão cortando dia de aula. O poder público deveria economizar em outra área e não na educação. O ideal seria que as aulas começassem no dia 4”, finaliza.

Em todo o Estado, o retorno das aulas em escolas em escolas da rede pública, municipal e e estadual, terão início no dia 19 de fevereiro.