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Economia

Comércio vê consumo de bens duráveis cair e ‘pisa no freio’ das contratações em MS

Cenário de queda nas vendas e crédito difícil geram incerteza para contratações de fim de ano
Priscilla Peres - Publicado em
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Movimentação no comércio de Campo Grande. (Alicce Rodrigues, Midiamax)

O comércio de Mato Grosso do Sul viu o consumo de bens duráveis despencar nos últimos meses, o que tem estremecido os ânimos para o fim de ano. Além da desaceleração no consumo, o ritmo de contratações também está menor, com déficit de 2 mil vagas em relação ao ano passado.

Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, em agosto de 2023, o ritmo de vendas no comércio varejista de Mato Grosso do Sul caiu para 2,7%, uma queda expressiva quando comparado aos 6,4% de agosto de 2022.

Presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Campo Grande, Adelaido Vila explica que os comerciantes têm percebido a queda no consumo, principalmente de bens duráveis – tais como eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Somado a baixo crédito no mercado bancário, cria cenário de cautela.

“O empresário tem sentido a ausência de crédito bancário, necessário para fazer giro da economia. Além disso, o dinheiro ‘caro’, o que dificulta que empreendimentos façam investimentos mais altos”, afirma Adelaido, ao detalhar cenário instável para contratação de temporários e participação na Black Friday.

Baixa contratação do comércio

Em 2023, o comércio de Mato Grosso do Sul gerou 4.027 vagas de trabalho entre janeiro e setembro, montante que representa retração considerável quando comparado ao mesmo período do ano passado.

De acordo com os dados do Caged, de janeiro a setembro de 2022 o comércio de Mato Grosso do Sul gerou 6.117 vagas, mas até dezembro o setor acumulou 8.188 vagas.

Segundo o economista Renato Prado Siqueira, o ritmo de crescimento das vendas no comércio varejista no Mato Grosso do Sul em 2023 mostra desaceleração, com um aumento de 2,7% até agosto, valor significativamente menor em comparação com o mesmo período do ano anterior (6,4%).

“Apesar da geração de empregos ainda apresentar números positivos, a taxa de crescimento também diminuiu em relação ao ano anterior, possivelmente devido a um mercado de trabalho já bastante saturado, o que, por si só, delimita o espaço para avanços na criação e ocupação de novas vagas”, afirma o economista.

Em contrapartida, intenção de consumo cresceu

A intenção de consumo das famílias de Campo Grande voltou a crescer após três anos de queda. É o que mostra a pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), que indicou que em outubro o índice chegou a 108 pontos, o maior resultado desde janeiro de 2020.

Em janeiro de 2020, antes da pandemia, o índice seguia em uma crescente atingindo 109,9 pontos, porém, caiu vertiginosamente depois e até agora. Ainda assim, na análise por faixa salarial, é visível que a expectativa de consumo é maior entre os que recebem mais de 10 salários mínimos.

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