Os setores de comércio e serviços de devem contratar 2,2 mil trabalhadores temporários para reforçar as equipes de venda neste fim de ano. As contratações já começaram, mas devem se intensificar em dezembro, segundo levantamento da (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).

Em realizada com os empresários, 64% responderam que devem contratar temporários, percentual 7% superior ao do ano passado. Além disso, 57% disseram que pretendem abrir mais vagas do que no fim de 2022.

A maior parcela dos entrevistados na pesquisa, ou seja, 81,5%, deve contratar até 2 pessoas e 12% pretendem incorporar até 5 funcionários. Apenas 4,6% dos respondentes esperam aumentar o quadro de colaboradores em até 7 pessoas e 1,5% disseram que devem agregar 10 pessoas ou mais à equipe.

“Esse foi mais um indicador que comprovou o otimismo da classe empresarial. Em 2022, a maioria respondeu que a previsão de contratação seria igual a de 2021. Apenas 11% dos entrevistados revelaram que estavam abrindo mais oportunidades de trabalho naquele período”, disse o presidente da ACICG, Renato Paniago.

O levantamento “Perspectivas de contratação de final de ano” foi realizado em outubro e contou com a participação de 102 empresários dos setores de vestuário, eletrônicos, calçados, brinquedos, perfumaria, jóias, alimentos, ótica, alimentação, entre outros.

Baixa contratação do comércio

Em 2023, o comércio de Mato Grosso do Sul gerou 4.027 vagas de trabalho entre janeiro e setembro, montante que representa retração considerável quando comparado ao mesmo período do ano passado.

De acordo com os dados do Caged, de janeiro a setembro de 2022 o comércio de gerou 6.117 vagas, mas até dezembro o setor acumulou 8.188 vagas.

Segundo o economista Renato Prado Siqueira, o ritmo de crescimento das vendas no comércio varejista no Mato Grosso do Sul em 2023 mostra desaceleração, com um aumento de 2,7% até agosto, valor significativamente menor em comparação com o mesmo período do ano anterior (6,4%).

“Apesar da geração de empregos ainda apresentar números positivos, a taxa de crescimento também diminuiu em relação ao ano anterior, possivelmente devido a um mercado de trabalho já bastante saturado, o que, por si só, delimita o espaço para avanços na criação e ocupação de novas vagas”, afirma o economista.