Setor industrial de MS projeta crescimento de 4,5% em exportações este ano
Em cifras, serão US$ 4,5 bilhões, ou US$ 184 milhões a mais que em 2021, demonstrando um ritmo de crescimento menor
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As exportações do Estado vão continuar a crescer, mas o ritmo será mais lento, de acordo com as perspectivas do Sistema da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul – o chamado Sistema Fiems. Pela estimativa apontada na sondagem industrial realizada no início deste mês, 18% das empresas projetam crescimento contínuo, 42% acreditam que crescerão de maneira mais tímida e outros 40% creem na estabilidade.
Para o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, o desenho da amostra de cada Estado é determinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ele explica que é importante ressaltar que a Sondagem Industrial é uma pesquisa feita por meio de uma parceria entre a CNI e as Federações estaduais. E o plano amostral, feito pela CNI, gera apenas o resultado para o conjunto da amostra estadual, ou seja, não é possível a abertura por segmentos nas Unidades da Federação que seja capaz detectar, de imediato, qual tipo de indústria crescerá mais que a outra. Isso ocorre apenas com o resultado da amostra nacional.
No cenário do comércio exterior, as exportações devem atingir o montante de US$ 4,512 bilhões, contra US$ 4,318 bilhões registrados em 2021, proporcionando um crescimento de 4,5%. Apesar de considerado “bom”, os números são mais tímidos quando comparados aos desempenhos de 2021 e 2020. Isso porque, no cenário anterior, as exportações saltaram de US$ 3,796 bilhões – em 2020 – para US$ 4,318 bilhões, em 2021, provocando um crescimento de 14% – o que significa quase dez pontos percentuais de diferença em relação ao que está previsto até o fim deste ano.
Hoje, o “Top 5” das exportações sul-mato-grossenses é composto por celulose e papel, com US$ 1,5 bilhão ou 35% das exportações; complexo frigorífico – carne bovina, suína, aves e peixes, com US$ 1,31 bilhão ou 30%; processamento de soja – óleo, farelo e pellets, com US$ 632 milhões ou 15%; sucroenergético, com US$ 396 milhões ou 9% e indústria extrativa mineral, precisamente com ferro e manganês, com US$ 213 milhões ou 5% do volume exportado.
Indústria faz retrospecto de empregos gerados em 2021: cresceu 5,5%
De acordo com Ezequiel Resende, a indústria encerrou o ano de 2021 com 136.983 trabalhadores formais diretamente empregados, indicando um crescimento de 5,58% em relação ao ano anterior. Pelos números da Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, em 2021 foram abertas 7.244 vagas pela indústria sul-mato-grossense, oriunda de 72.422 contratações e 65.178 demissões.
As atividades que mais abriram vagas em 2021 foram: Construção de edifícios (+1.384), Fabricação de celulose (+1.221), Obras de infraestrutura (+1.092), Obras de alvenaria (+347), Instalação e manutenção elétrica (+290), Fabricação de brinquedos e jogos recreativos (+236), Confecção de peças do vestuário (+234), Obras de terraplanagem (+204) e Produção de ferro-gusa (+202). Para 2022, a expectativa é que o total de trabalhadores diretamente empregados pela indústria estadual fique em torno de 142.000 indivíduos, proporcionando um crescimento próximo de 4% em relação a 2021.
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