A previsão de geada para Mato Grosso do Sul nos próximos dias inflacionou o preço das sacas de safrinha, nesta quarta -feira (11). As sessões para o cereal, tanto na B3, quanto na Bolsa de Chicago terminaram em alta.

No mercado brasileiro, os futuros subiram até 1,5%, como foi o caso do contrato julho, que encerrou os negócios com US$ 94,14 por saca. Os contratos mais distantes seguem acima dos R$ 100 por saca. 

Segundo o agrometeorologista Luiz Renato Lazinski, assim como aconteceu no ano passado, o antecipado é consequência do fenômeno La Niña que voltou a ter intensidade nas últimas semanas. 

“Esse frio é consequência do La Niña. Esta massa de ar frio é muito forte para época do ano, vai provocar geada em várias regiões de milho safrinha do Paraná, sul de e Mato Grosso do Sul, além do Paraguai”, explica Lazinski.

Ao lado do clima, o mercado do milho também se atenta à demanda mais intensa pelo produto brasileiro neste momento. A falta da oferta ucraniana faz com que compradores migrem para o cereal do Brasil – e também dos EUA -, especialmente os importadores europeus. Afinal, o clima quente e seco na Europa também já começa a preocupar e pode minar a produção no continente. 

Milho no mercado internacional

Na Bolsa de Chicago, o mercado do milho terminou o dia com altas de 13,25 a 17 pontos nos principais vencimentos. O julho concluiu o dia com US$ 7,88 e o setembro com US$ 7,52 por bushel.

Ao lado de todo esse cenário, o mercado ainda também se mantém alerta e ansioso pelo novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de dos Estados Unidos) traz nesta quinta-feira (12). O reporte chega com todas as primeiras estimativas para a safra 2022/23, muito aguardadas pelos traders. 

*Com informações do site Notícias Agrícolas.