De no rosto, álcool em gel na bolsa e sacolas na mão, os moradores de lotaram o Centro neste sábado (5) em busca de promoções em pleno calorão de 34°C. Apesar da crise diante da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, os consumidores afirmaram ir comprar apenas o necessário com o dinheiro contado.

Os bons preços de roupas e calçados foi um dos motivos que levaram Vanessa Pereira, de 36 anos, ao centro nesta manhã. Ela disse que precisava de novas peças para as filhas, de 4 e 10 anos, e para ela. “É o primeiro mês desde o começo da pandemia que sobrou dinheiro. Não vim para gastar muito, apenas usarei o que tenho em mãos”, disse.

GALERIA: De máscara no rosto, consumidores lotam Centro em busca de promoções
Foto: de /Midiamax

Ao Jornal Midiamax, ela disse que teme pela proliferação do vírus e, por isso, pensou bastante antes de sair de casa. “Até pensei [em não ir ao Centro], mas desde que começou a pandemia, é a primeira vez que saio de casa para vir no comércio”, afirmou.

Também em busca de preços bacanas em lojas de roupas e calçados, Sandra Dávalo, de 43 anos, disse que foi para aproveitar a semana Verde e Amarela, de promoções pelas cidades do país.

“Vim atrás de vestuário e calçado, tenho medo do coronavírus, mas sei que estou tomando todas as medidas de biossegurança”, pontuou.

A necessidade de encontrar um calçado por um preço mais em conta também mobilizou o auxiliar de produção Abner da Silva. “Eu nunca venho ao Centro, mas desta vez precisei vir para comprar um calçado. Fiquei até com medo de gastar, mas hoje vim para comprar um tênis e só pretendo gastar novamente daqui dois meses”, explicou.

O advogado Nei Vilela, de 52 anos, acordou cedo para ir garantir um tablet novo para a filha e maquiagens para a esposa. Segundo ele, as frequentes notícias de pessoas saindo de casa podem ser um dos motivos que encorajam as pessoas a também saírem.

“A ociosidade em casa faz você buscar alternativas. Quanto mais você vê na mídia as pessoas saindo, mas você se anima para sair também”, disse. Questionado sobre gastar em época de crise, o advogado disse que o brasileiro não consegue se conter, ainda mais em época de pagamento. “O ser humano não consegue esperar a crise passar no tempo de pagamento”, pontuou.