Aprobio rebate BR Distribuidora e diz que nunca faltou biodiesel no País

Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) reforçou que nunca faltou biodiesel no País para atender à demanda do mercado. A nota da associação, divulgada na noite deste domingo, 16, vem em resposta à BR Distribuidora, que, também neste domingo, considerou “acertada” a decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), […]

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Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) reforçou que nunca faltou biodiesel no País para atender à demanda do mercado. A nota da associação, divulgada na noite deste domingo, 16, vem em resposta à BR Distribuidora, que, também neste domingo, considerou “acertada” a decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com apoio do Ministério de Minas e Energia (MME), de reduzir temporariamente o porcentual de mistura obrigatória de biodiesel no diesel, de 12% para 10%, e reiniciar a etapa 3 do 75º Leilão de Biodiesel.

Segundo a Aprobio, a capacidade instalada de biodiesel para o bimestre (agosto/setembro) é de 1,6 milhão de metros cúbicos e, com o B10 (10% de mistura de biodiesel ao diesel), a demanda prevista para a etapa 3 do 75º Leilão de Biodiesel será de 1 milhão de metros cúbicos. “Portanto, o leilão será concluído com oferta superior à demanda”, assinalou a entidade, reafirmando que “tem plenas condições de atender à demanda do mercado com volume e qualidade” e que “o que está em questão não é a falta de biodiesel, e sim a não finalização do L75 (75º leilão), dando sequência de onde ele parou”.

A Aprobio disse, ainda, que para este leilão, a ANP estabeleceu um preço máximo de referência regional (PMR) abaixo do custo de produção, “ignorando a variação de preços e câmbio de referência para cálculo do PMR, a saber: soja à vista (+18,12%), sebo bovino (+26,87%) e dólar (+4,24%)”.

Segundo a Aprobio, “mesmo alertada oficialmente pelos representantes do setor sobre os impactos desta condição na realização do leilão 75, a ANP desconsiderou essa posição. Nessas condições, as empresas trabalham com margens negativas, o que torna o negócio inviável”.

Além disso, a Aprobio reforçou a importância da previsibilidade para que se fortaleça a Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) e reivindicou que se dê continuidade à Etapa 4 do 75º Leilão, que foi suspensa em 7 de agosto, “de modo a não causar maiores prejuízos às usinas”. “Que assim seja garantida a credibilidade que o mercado espera do certame – e que essas interferências não voltem a ocorrer de modo a sustentar a retomada.”

O 75º leilão foi interrompido na terceira etapa pela ANP, que ainda não sinalizou quando será retomado. Até essa fase, já haviam sido negociados 1.166.420 metros cúbicos do biocombustível, informa a nota da BR distribuidora.

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