País deve crescer cerca de 2,5% nos próximos anos, diz Meirelles

O secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles, previu nesta terça-feira, 26, que o País deve crescer cerca de 2,5% ao ano pelos próximos três anos, acima da taxa potencial de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,3%. Dada que a demanda tem rodado abaixo da capacidade máxima de produção de […]

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(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles, previu nesta terça-feira, 26, que o País deve crescer cerca de 2,5% ao ano pelos próximos três anos, acima da taxa potencial de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,3%.

Dada que a demanda tem rodado abaixo da capacidade máxima de produção de produtos, Meirelles diz acreditar que a economia tem espaço para se expandir sem exercer pressões sobre a inflação. “E sem pressões sobre os preços, poderemos manter a Selic baixa pelos próximos três anos”, disse o secretário de São Paulo e ex-ministro da Fazenda do governo Temer durante o 20º CEO Brasil 2019 Conference, do BTG Pactual, em São Paulo.

O Estado de São Paulo, que normalmente cresce a uma taxa 40% superior à média de crescimento nacional, deverá ter expansão de cerca 3% até 2022, afirmou Meirelles.

Desestatização

O secretário da Fazenda de São Paulo avaliou que o “relevante e decisivo” para o Estado nos próximos anos é o programa de desestatização. “O programa de desestatização não é só de privatização, mas de concessões de infraestrutura”, disse Meirelles.

O ex-ministro da Fazenda citou especificamente a questão da Sabesp, considerada por ele como uma das prioridades para o atual governo. Meirelles explicou que o fato de a companhia ser majoritariamente estatal dá à empresa vantagem competitiva por possibilitar a municípios, que usam os serviços da Sabesp, a renovação de contratos sem a necessidade da abertura de concorrência pública. “Essa vantagem, no entanto, inibe o projeto de privatização da empresa.”

Para Meirelles, a saída para esse impasse é a aprovação da Medida Provisória (MP) 868, a MP do Saneamento, reedição da MP 844, que retira a vantagem competitiva de estatais como a Sabesp e favorece a privatização. “Se a MP do Saneamento for aprovada, a Sabesp será privatizada. Sem a aprovação da MP, o plano B é capitalização, com venda de 49% da Sabesp”, afirmou.

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