Dólar tem nova alta e encosta em R$3,30 com cautela com Previdência
Avançou 0,25 por cento
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Avançou 0,25 por cento
O dólar terminou em alta pelo segundo pregão consecutivo e fechou a sexta-feira encostado nos 3,30 reais, com o mercado cada vez mais sensível ao andamento das negociações do governo para tentar aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano na Câmara dos Deputados.
O dólar avançou 0,25 por cento, a 3,2947 reais na venda, acumulando, na semana, alta de 1,17 por cento. Foi a maior alta semanal em pouco mais de um mês. Na véspera, a moeda havia subido 1,73 por cento.
Na mínima, a moeda foi a 3,2664 reais e, na máxima, a 3,3119 reais. O dólar futuro avançava 0,32 por cento nesta tarde.
A mudança de humor dos mercados, que têm acompanhado com lupa cada notícia sobre a batalha do presidente Michel Temer para tirar a reforma da Previdência do papel, veio com a publicação de um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com 83 por cento dos deputados federais, segundo o qual 212 disseram que votariam contra as novas regras para aposentadorias propostas pelo Executivo.
Mantido esse número, o governo não conseguiria o mínimo de 308 votos para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência.
Pela manhã, no entanto, o mercado esteve menos tenso em razão da notícia sobre o acordo de levar a reforma a votação no próximo dia 18, informado pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
A avaliação foi que, com mais uma semana para convencer deputados da base, seria possível garantir margem de segurança para aprovar o texto. Mas a cautela não foi colocada de lado. “A data fixada pelo governo, próxima do recesso, preocupa”, trouxe mais cedo a corretora Guide em relatório.
O Banco Central vendeu o total de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de janeiro. Até agora, rolou o equivalente a 4,2 bilhões de dólares do total de 9,638 bilhões de dólares que vencem no início do mês que vem.
O cenário externo aliviou a alta do dólar ante o real, já que a moeda norte-americana cedia ante algumas divisas de países emergentes após bons dados econômicos da China puxarem os preços de importantes commodities.
As importações chinesas cresceram 17,7 por cento em novembro em relação a um ano antes, bem acima das expectativas de crescimento de 11,3 por cento. Os números da China são bastante favoráveis a países ligados a commodities, como o Brasil, o que contribui para o recuo do dólar ante o real.
“O salto da balança da China mostra que podemos esperar melhora no preço das commodities em 2018”, afirmou o diretor da corretora Mirae Pablo Spyer.
Ante uma cesta de moedas, no entanto, a moeda norte-americana subia, à medida que crescia o otimismo de que o projeto de reforma tributária nos Estados Unidos será aprovado.
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