Governo não recua sobre mudanças no sistema de cartões de crédito, diz Meirelles
Ele também disse que não acreditar que as disseque as administradoras de cartões aumentem os juros em represália
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Ele também disse que não acreditar que as disseque as administradoras de cartões aumentem os juros em represália
A equipe econômica não recuou em relação a mudanças no sistema de pagamento de cartões de crédito, disse há pouco o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em café da manhã com jornalistas, ele assegurou que nada mudou no cronograma anunciado pelo governo na semana passada.
De acordo com o ministro, a diminuição de 30 para dois dias no prazo em que as administradoras de cartões de crédito repassam o valor das compras aos lojistas depende apenas de resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) para ser fixada. Segundo Meirelles, o governo espera que os bancos baixem os juros de forma voluntária nos próximos 30 dias. Caso a redução não ocorra, a equipe econômica mudará o prazo, na reunião de janeiro do conselho.
“O cronograma continua rigorosamente. As medidas serão tomadas de uma forma ou de outra. O importante é que o custo para o consumidor seja menor. Existe um instrumento do CMN para encurtar o prazo [de pagamento ao lojista]. Os bancos definem os juros. Vamos observar a queda. Se não houver queda, diminuímos o prazo”, declarou Meirelles.
Na semana passada, ao anunciar o pacote de medidas microeconômicas no Palácio do Planalto, o ministro tinha dito que a definição sairia em dez dias. No café da manhã de hoje, ele esclareceu que se referia apenas à direção que o governo pretende tomar – diminuição voluntária dos juros ou diminuição do prazo – ao informar o prazo de dez dias. “Na reunião de hoje [do CMN], esse tema não será discutido. Se os bancos não começarem a baixar voluntariamente os juros, o CMN toma a decisão na reunião de janeiro”, acrescentou.
O ministro disse não acreditar que as administradoras de cartões aumentem os juros em represália a uma eventual diminuição do prazo sem acordo com os bancos. “Acho pouco provável que o sistema financeiro adote qualquer represália contra o CMN e o Ministério da Fazenda. Existe um processo normativo dentro do poder de cada um”, afirmou.
Segundo Meirelles, o governo está tomando uma série de medidas, não apenas relativas aos cartões de crédito, para que os bancos reduzam os juros. Ele disse que o objetivo principal da medida é aprimorar o sistema de pagamentos do cartão de crédito. “Estamos aperfeiçoando estrutura de funcionamento do cartão de crédito. Estamos tomando uma série de medidas que permitam os bancos a baixar os juros e a reduzir o custo do sistema financeiro.
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