Pousadas pantaneiras do Mato Grosso tentam certificação ambiental

Ecoturismo do Estado vizinho busca adequação à norma de ministério sobre Gestão da Sustentabilidade

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Ecoturismo do Estado vizinho busca adequação à norma de ministério sobre Gestão da Sustentabilidade

Medidas que além de reduzir custos operacionais são capazes de preservar o ecossistema pantaneiro estão sendo incentivadas a empreendimentos hoteleiros do Mato Grosso, situados dentro do Parque Nacional da maior planície de inundação contínua do mundo. Três pousadas do lugar participam junto ao Ministério do Turismo de um processo de adequação à norma NBR 15401 – que estipula sobre Gestão da Sustentabilidade em Meios de Hospedagem.

O procedimento das pousadas Piuval, Pantanal Araras Eco Logde e Rio Claro, que ficam sediadas próximas a Poconé (a 100 quilômetros de Cuiabá), tem a assistência do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que realiza visitas de certificação e suporte técnico quanto às boas práticas ambientais. 
“O ciclo de vida do turismo tradicional é mais curto do que o sustentável e o destino depende da união e integração dos empreendimentos”, afirma o consultor do Sebrae, Trajano Oliveira, que supervisiona o processo de ajustamento das pousadas. 

Trâmite

A adequação à NBR 15401 é prevista a partir da implantação no empreendimento imobiliário de uma gestão de documentos, padronização de processos, além de mudanças na estrutura física da pousada, com a instalação de equipamentos como ar-condicionado aquecedor solar, redutores de chuveiros descargas de dois tempos e torneiras econômicas. Também é recomendada a adesão à mão de obra local, promover a capacitação de pessoal, valorizar a cultura regional e reduzir a produção de resíduos sólidos, assim como encaminhar o descarte corretamente, sem dano ambiental. 

Dono da Pousada Piuvial, que tem uma área de 7 mil hectares, no quilômetro 10 da Transpantaneira, o empresário Eduardo Matos Eubank de Campos trabalhou com uma taxa de ocupação de 55% em 2014, tendo 8 hóspedes estrangeiros em cada dez.

 Segundo ele o fato de se associar à norma de regulação ambiental do Ministério do Turismo  permitiu ao seu empreendimento a queda do consumo de água por hóspede de 44 para 35 litros/dia. Outra experiência que destacada por ele como positiva diz respeito à compra com outras pousadas de produtos de limpeza biodegradáveis e à granel, diminuindo consideravelmente os custos com esse quesito, os resíduos das embalagens e a contaminação da água.

“Esse é um projeto piloto para ter um efeito demonstrativo para que outros empreendimentos de turismo possam ver que é possível adotar práticas sustentáveis que resultam em economia e em maior competitividade”, explica, acrescentando que a intenção é contagiar outros empreendimentos não só no Pantanal, mas em Chapada dos Guimarães e em outras regiões do Mato Grosso ou do Brasil.

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