No próximo ano, preços pagos por bovinos de MS devem ser mantidos

Pesquisadores discutiram a pecuária de corte no Estado em Simpósio da área

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Pesquisadores discutiram a pecuária de corte no Estado em Simpósio da área

Durante um panorama da pecuária sul-mato-grossense no 1° Simpósio Repronutri de Reprodução, Produção e Nutrição de bovinos, o analista de pecuária de corte da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Guilherme Alves, comentou que os preços dos bovinos devem continuar estáveis ano que vem.

Durante a palestra no dia 24 de setembro, Guilherme discutiu a situação das pastagens no estado, a relação entre macho e fêmea nos rebanhos e o abate de matrizes. “Nós tivemos, nos últimos dois anos, o preço saindo de R$ 800 (valor do bezerro macho), chegando a comercializações de até R$ 1.400. Isso é um salto de valorização. Em compensação, a arroba também deu um salto. Nós tivemos o boi gordo sendo comercializado a R$ 110, R$ 120, e esse preço foi para R$ 140, R$ 145”, disse ele.

Para o especialista, os valores devem ser mantidos em 2016 sem grandes quedas, considerando tanto a situação das finanças brasileiras quanto o impacto do aumento do dólar para quem vende os produtos ao exterior. “Eu acredito nos preços mais estáveis justamente pelas dificuldades que o país vai passar no próximo ano. Mas nós também temos as exportações, que podem contribuir para que esse preço não caia”, explica ele.

De acordo com o analista, a diversificação de atividades é uma forma de complementar a renda e assegurar a estabilidade financeira da fazenda. Ele menciona alternativas como o plantio de lavouras de milho, soja, mandioca, a criação de galinhas poedeiras ou a produção de touros certificados.

“Nós temos uma demanda de touros certificados no estado de cerca de 38 mil touros por ano. A gente não consegue atender isso. É um mercado que pode ser conquistado. Dessa forma, os touros serão comercializados com valores maiores, ajudando a contribuir na balança do agronegócio”, afirmou ele. 

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