Xi assegurou que a América Latina é “uma das regiões emergentes com maior potencial para se desenvolver

O presidente da China, Xi Jinping, anunciou nesta quinta-feira, durante a inauguração do I Fórum Ministerial China-CELAC a fixação de uma meta para elevar o investimento da segunda economia mundial na América Latina até US$ 250 bilhões nos próximos 10 anos.

Em discurso pronunciado perante os presidentes do Equador (Rafael Correa), Venezuela (Nicolás Maduro) e Costa Rica (Luis Guillermo Solís), Xi citou este como um dos grandes objetivos nos laços entre ambas as partes, sendo outro destacado o de dobrar o comércio bilateral em uma década até US$ 500 bilhões.

“A China está disposta a trabalhar com a América Latina e o Caribe para criar uma nova plataforma de cooperação conjunta”, disse Xi em uma solene cerimônia no Grande Palácio do Povo, sede do Legislativo chinês, perante delegações governamentais de 30 países do CELAC (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos).

Xi assegurou que a América Latina é “uma das regiões emergentes com maior potencial para se desenvolver” e que cresceu de forma estável ajudada por organizações como a CELAC, à qual Pequim deu grande atenção desde sua criação há meia década.

China e América Latina, afirmou Xi, “estão unidas por projetos de revitalização” econômica e política, caminhos que o presidente da China assinalou que oferecerão muitas oportunidades para todo o planeta.

Nesse sentido, Xi ressaltou que na próxima meia década, a China deverá importar para manter seu crescimento bens no valor de mais de US$ 10 trilhões, investirá no exterior US$ 500 bilhões e será a fonte de 500 milhões de turistas ao estrangeiro.

Xi destacou também que o I Fórum China-CELAC, que terá a participação de 20 chanceleres latino-americanos e caribenhos (incluindo os de países sem laços diplomáticos com Pequim), serão elaboradas as regras para o funcionamento permanente deste novo mecanismo de diálogo, nascido por iniciativa do próprio presidente da China.

Também será assinada a chamada “declaração de Pequim”, que marcará as linhas futuras da cooperação entre China e a CELAC, e anunciará um plano 2015-19 de cooperação em áreas como segurança pública, comércio, investimento, finanças, infraestruturas, energia, recursos, indústria, agricultura e ciência, anunciou Xi.