Véspera da Copa bomba venda de camisetas coloridas do Brasil e ‘amarelinha’ deixa de ser preferida
Clientes têm procurado camisetas de outras versões da seleção brasileira em Campo Grande
Thalya Godoy, Karina Campos –
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‘O preto é o novo verde e amarelo’. A comparação é pela atual preferência de torcedores que estão aumentando as vendas de lojistas em Campo Grande em buscas de camisetas da seleção brasileira em versões coloridas, fugindo da tradicional. Neste sábado (19), véspera da abertura oficial da Copa do Mundo, no Catar, o comércio registra alta procura por itens temáticos.
Gerente do Empório Modas, na Avenida Afonso Pena com a Rua Calógeras, Eusa Lacerda, de 41 anos, disse que o movimento está intenso pela manhã, inclusive, aguarda reposição de produtos devido à grande saída de mercadorias temáticas. O vestuário no tema varia de R$ 20 a R$ 60.
A maior expectativa da lojista é para os próximos dias, quando a seleção entra em campo. Entretanto, opina que este ano, tanto a procura, quanto o clima de Copa está diferente, pois as camisetas ‘amarela e verde’ estão sobrando mais nos cabides, já que os torcedores têm preferido levar na cor branca, preta e azul.
“Esse ano não tem rua pintada. Na segunda-feira (21) deve ficar melhor [movimento], quando começa os jogos e as pessoas recebem o 13°. Investimos em cropped, camisetas, bandeiras. Camisetas de todo tamanho, adulto e criança, feminino e masculino. Tem também sem a logo da seleção, só com a bandeira do Brasil”.
Vitrines ‘verde e amarelo’
Em geral, o ânimo patriota eleva o consumo de torcedores, por isso, os lojistas apostam em decoração nas vitrines, caso da Anime-se, na Rua 14 de Julho com a Dom Aquino. Voltada para produtos anime, esporte e times de futebol, o proprietário Mohamed Safad, de 45 anos, focou em produtos do Brasil.
Ele reforçou que camisetas coloridas estão ‘bombando’ nas vendas, as da cor preta já estão esgotadas. O fornecedor também reforça que há falta de reposições das novas versões. Para ele, o viés político pode ter causado a menor procura pelo ‘amarelo’.
Durante a reportagem, havia entra e sai de clientes especificamente para compra de camisetas ou itens nacionais, que variam de R$ 30 a R$ 120. Além de roupas, estão à venda acessórios, que em dias de grande fluxo, nem mesmo consegue etiquetas o produto ao sair do estoque.
“A procura para Copa aumentou o movimento em 80%. Personalizamos também, com a compra aqui por R$ 20 e se traz R$ 40. Faço encomendas para fora [do Estado], mas como aumentou demais o comento aqui, fechamos os envios. O tamanho G é o que mais tem faltado no fornecedor”, pontua o empresário.
Estratégias de venda na Copa
A oportunidade de lucro favorece as estratégias para atrair ainda mais no faturamento. Valeria Peeretti Hijazi, 40 anos, proprietária da Pandinha Moda Gestante e Infantil, na Rua Dom Aquino, ressalta que investe na decoração temática da Copa desde a inauguração, há 23 anos. Ela passou a abrir aos domingos, das 9h às 13h, montando uma tenda na frente da loja para troca de figuras do álbum.
Os prelos variam de R$ 40 a R$ 169, a maior procura tem sido na versão com a estampa de ‘onça’. Também estão nas prateleiras outros itens, como garrafinhas, chapéus, bandeiras e acessórios. O aumento das vendas nesse período foi de 60%.
Até mesmo panfletos com o cronograma de jogos do Brasil com o horário de Mato Grosso do Sul foi o diferencial da loja. Na unidade, a venda da camiseta amarela está equilibrada e teve procura desde as eleições, nas demais versões também estão em alta.
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