Apesar de ano difícil, campo-grandense não abre mão de ceia natalina e presentes

Consumidores vão apelar para adaptações

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Consumidores vão apelar para adaptações

Chuva, preços altos e dificuldades não impediram os campo-grandenses de fazerem suas compras na tarde deste sábado (23). As calçadas do centro da Capital estavam cheias. No último dia para fazer compras, os consumidores reclamaram de produtos caros e optaram por modificar o cardápio da ceia e desistir de alguns presentes.

Chocolate será o presente para alguns dos amigos e familiares da comerciante Gil Ferreira Santos, de 40 anos. “Alguns vão ganhar Bis, literalmente”, disse ela, reclamando dos preços.

O fenômeno é previsto, mesmo que em sondagens nas últimas semanas tenha se percebido um aumento nas vendas em relação ao Natal do ano passado. “As pessoas, diante da crise e das dificuldades que ocorreram em todos os setores da economia, estão adotando um comportamento bastante racional para as compras de Natal. Presentes de alto simbolismo para os amigos e presentes úteis e necessários para os familiares mais próximos. Essa deve ser a tendência de compras. Ainda assim, espera-se que haja um aumento de valor nas vendas neste Natal”, afirmou o economista Sérgio Dias, conforme publicado pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).

O especialista acredita que mesmo com aumento das vendas, as pessoas devem concentrar a oferta de presentes para as pessoas mais íntimas e não devem comprar itens mais caros que nos anos anteriores.

Apesar de ano difícil, campo-grandense não abre mão de ceia natalina e presentes

As calçadas estavam cheias, sobretudo a rua 14 de Julho, no trecho compreendido pela Avenida Afonso Pena e Dom Aquino. Disputando espaço com os consumidores, observa-se também um grande número de vendedores ambulantes, contrastando com alguns pontos fechados.

A ceia também vai sofrer mudanças neste ano. “Tem que adaptar o cardápio. A gente quer agradar a família, então tem que modificar. Mas não dá pra deixar de fazer”, relata a funcionária pública Cristiana Oliveira Rocha, de 39 anos.

Segundo ela, o marido tinha a intenção de fazer um assado, entretanto decidiram preparar um prato de massas. “Vamos fazer um rondeli para a família. A virada vamos passar na igreja e vou levar um rocambole de carne moída”, acrescenta.

Policiamento – A Polícia Militar estava presente no centro com cerca de 100 policiais. O efetivo estava distribuído entre 6 viaturas, 8 motos e outros 50 agentes a pé. Segundo os policiais, não houve ocorrências e a presença em diversos pontos do centro tem o objetivo de auxiliar a população.

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