Direito do consumidor, troco de um centavo é ‘esquecido’ por campo-grandenses
Lojas têm obrigação de arredondar preço para baixo se não tiverem troco
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Lojas têm obrigação de arredondar preço para baixo se não tiverem troco
Às vezes é em bala, às vezes nem isso. Apesar de legislação nacional obrigar as lojas a arredondar o preço para baixo se não tiverem troco, a maioria dos campo-grandenses ‘esquece’ o troco de um centavo, um direito do consumidor.
De acordo com a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a estratégia de marketing das lojas causa danos ao consumidor, que já está acostumado a nem esperar pelo troco. O Jornal Midiamax foi às ruas e constatou que o troco de um centavo é raro em Campo Grande.
Gilson Jacob, gerente de loja no Centro da Capital, diz nunca ter sido cobrado pelo troco de um centavo. “As pessoas nunca pedem este tipo de troco. Elas não fazem questão, não têm paciência também para esperar troco de moedas pequenas”, explica.
O gerente relata ainda que faltam moedas para os comerciantes usarem como troco. Apesar de o Banco Central ter parado de fabricar as moedas de um centavo em 2004, muitas lojas ainda adotam preços que terminam em R$ 0,09.
Os clientes também não “valorizam” o troco de um centavo. A vendedora Maria do Socorro, de 45 anos, diz que nunca pediu o troco porque nunca tem. “Nenhum lugar vai ter um centavo para dar de troco”.
Entretanto, a convicção de Maria de que não conseguirá o troco conflita com o dinheiro que a consumidora perde. “Se eu for somar todos os centavos que não peguei de troco faz diferença no final do mês, falta o costume de pedir”, analisa.
A professora Mirian Flor não sabe dizer se essa diferença pesa no fim do mês. “Nunca parei para pensar”. Miriam também não pede o troco de um centavo. “Muitas vezes estou com pressa, não costumo pedir não”.
A equipe de reportagem contatou o Procon-MS para saber qual é a orientação que o órgão dá aos consumidores em relação ao troco, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta. O Jornal Midiamax também tentou falar com a Fecomércio MS para saber o que é orientado aos associados, mas por conta do horário de expediente, não conseguiu contato.
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