Quem usa álcool para abastecer o veículo já está pagando mais caro e o preço da gasolina que já é considerado alto pelos consumidores sul-mato-grossenses vai pesar um pouco mais a partir de amanhã.

Desde ontem quem usa álcool para abastecer o veículo já está pagando mais caro e o preço da gasolina que já é considerado alto pelos consumidores sul-mato-grossenses vai pesar um pouco mais a partir de amanhã.

A informação é do Sinpetro, que já recebeu das distribuidoras uma nova tabela com os valores nominais dos reajustes. E os valores pegaram os empresários do setor de surpresa. De acordo com informações do presidente do sindicato, Mário Shiraishi os empresários foram surpreendidos, pois há poucas semanas, tanto o álcool quanto a gasolina já tiveram seus preços reajustados nas distribuidoras, em média, em 1 centavo.

Shirishi diz, no entanto, que os valores podem não ser repassados de imediato ao custo final do produto na bomba. “Aqueles empresários que ainda têm um volume razoável de combustível nos tanques podem segurar os preços por alguns dias. Mas a partir do instante em que fizerem novas encomendas à distribuidora com certeza terão que repassar o reajuste aos consumidores”, orienta.

“Na quinta-feira, o álcool subiu entre 3 e 4 centavos e nos mesmos valores a gasolina será reajustada a partir de amanhã, sábado. Isso é repassado para o consumidor”, explica ele.

Entressafra

O período não será bom para os consumidores. “A tendência é que venham mais reajustes a partir de agora em função do final da colheita da cana-de-açúcar nas usinas e também por conta do aumento do preço do barril do petróleo no mercado mundial”, explica o presidente do Sinpetro.

Consumidor

Pesquisar, pesquisar e pesquisar. Esse é o verbo preferido daqueles que buscam melhor preço. Esse é o caso do empresário Délcio Alves. Ele que pagava R$ 2,55 no litro da gasolina há duas semanas se assustou ao ver o preço na bomba. “Agora está R$ 2,70 e pesquisando bastante”, reclama ele.

O empresário gasta por volta de R$ 70 semanais com combustível não deixa de pesquisar, mas vai procurar usar menos o carro. “Vou usar menos sim. É um absurdo um dos Estados que mais produz álcool e inclusive manda para outros estados, ter um combustível tão caro. Pelo menos o álcool aqui deveria ser mais barato, mais vantajoso em relação a gasolina”, reclama.

O técnico em informática Jean Machado, tem uma moto que usa para o trabalho e também como meio de locomoção. Ele afirma que os aumentos vão acontecendo, que o consumidor às vezes nem percebe. “Acho que é mais para quem tem carro. Mas já começo a sentir, pois eu pagava R$ 2,59 no posto, agora já está por volta de R$ 2,70”, reclama.

De acordo com os cálculos, ele gasta cerca de R$ 40 semanais abastecendo a moto. “Agora sim, vai afetar mesmo”, calcula o técnico.

No quesito preocupação tanto os consumidores quanto empresários do setor são afetados. “Principalmente agora, que os empresários fazem promoções com o objetivo de atrair os clientes. A concorrência é saudável, benéfica para o consumidor e também para os empresários. No entanto, com os reajustes a situação fica mais complicada”, deduz o presidente do sindicato.

Outro lado

O escritório regional da distribuidora Petrobras foi procurado pela nossa reportagem, no entanto não houve resposta para os questionamentos. Foi repassado um número da distribuidora