Os moradores da parte baixa da Avenida Rádio Maia, na Vila Popular, amargam novamente prejuízos com perda de móveis após a forte chuva que entra nas residências e sobe alguns centímetros na altura da perna.

De acordo com quem reside na região, a situação se agrava porque a vazão de um córrego precisa ser liberada pela comporta de um frigorífico, o que nem sempre ocorre. 

Mesmo a construção de muretas ou rampas em frente às residências não é suficiente para segurar o alto volume de chuva.

Segundo uma moradora do bairro há três anos e que não quis se identificar, esta é a segunda vez neste ano que a casa dela alaga e perde novamente todos os móveis. 

A mulher levantou às 6h, nesta terça-feira, já com o pensamento que tudo estaria alagado.

“Só tenho um colchão e minha cabeça está até doendo de tanto estresse que já passei hoje”, afirma. 

Ela diz que aguarda desde janeiro uma resposta da Defesa Civil ou Prefeitura para saber quem irá se responsabilizar pela perda dos móveis. 

Outra mulher que mora no bairro há 30 anos afirma que o problema de alagamento se agravou nos últimos anos. Em sua casa, a água suja chega até a altura do calcanhar na varanda e a sala ficou totalmente encoberta pela água. 

“Os animais ficam fora de casa porque está mais alagado dentro do que do lado de fora. Conforme chove, alaga tudo”, lamenta a idosa. 

A situação na Vila Popular é tão crítica que, em dias de temporal, os moradores se arriscam saindo de casa, com a água subindo, para pedir que os motoristas de carros e caminhões passem devagar para evitar que a água avance ainda mais para dentro dos quintais e casas. 

Além disso, os moradores pediram que a equipe de reportagem ligasse durante a entrevista para a Defesa Civil para relatar a situação na Vila Popular. Em resposta, o órgão afirmou que foi aberto um protocolo e o envio de uma equipe que está nas ruas para a região.