Única mulher em curso para a ‘Tropa de Elite’ da Guarda, Nayara fala sobre superação: ‘não desistir’

Servidora ressalta que não tem moleza e passa pelos mesmos treinamentos que os homens fazem

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(Divulgação, PMCG)

A GCM (Guarda Municipal de Campo Grande) realiza até o próximo domingo (23) o Curso de Treinamento de Intervenção para agentes que vão integrar a ‘Tropa de Elite’ da Guarda. Ao todo, 35 membros participam efetivamente do treinamento, entre eles uma mulher, a guarda Nayara Rodrigues. 

De acordo com o coordenador do curso, Elias Rondoura dos Santos, o treinamento é um dos estágios do Patrulhamento Urbano da GCM para compor a Gerência de Pronta Intervenção (GPI), equipe especializada na parte operacional da Guarda.

“A Gerência de Intervenção, hoje, é a tropa de elite da Guarda, onde estão os operadores mais capacitados, na carga horária operacional. Estão capacitados para atuarem na rua, no procedimento de patrulhamento, em casos de reintegração de posse, atender ocorrências de grandes complexidades, e também dar apoio para outras viaturas, caso necessite”, afirma Rondoura.

Única mulher no curso

A Guarda Civil, Nayara Rodrigues, é a única mulher a receber o Treinamento de Intervenção, neste ano, e diz que decidiu se inscrever porque acha importante se capacitar profissionalmente. “Acho que a capacitação é muito importante para qualquer servidor público, tanto na área de segurança, como qualquer outro. Ter a oportunidade de fazer o curso, com os melhores instrutores, atualmente, é muito gratificante”, afirma.

De acordo com Nayara, a maior dificuldade do treinamento tem sido o frio, mas não desiste de provar para si mesma que é capaz. “Você tendo que estar ali, fazendo as mesmas coisas que o homem faz, porque aqui não tem distinção entre homem e mulher, acaba motivando a não desistir. A gente vê que é capaz de qualquer coisa” explica.

Nayara Rodrigues à esquerda, e Kelly Silva à direita. (Marcos Ermínio, Midiamax)

Rondoura conta que o curso exige igualmente dos homens e mulheres, por acreditarem que ambos os sexos são capazes de concluí-lo. As mulheres recebem a mesma capacitação e podem ocupar qualquer cargo dentro da Guarda. “O tratamento é igual, a quantidade de exercícios é igual e a intensidade dos exercícios também é igual. Não existe distinção de homem e mulher, e ela pode ocupar qualquer função, inclusive gerenciar a própria Gerência de Intervenção”, explica o coordenador.

A Guarda, Kelly Silva, atualmente, é a única mulher a compor o time da Gerência de Pronta Intervenção, e afirma ter orgulho de si mesma por superar todas as suas limitações, e alcançar o mérito, mesmo com muitos duvidando de sua capacidade. “Primeiro você não acredita [que é a única mulher da Gerência], depois você pesquisa e vê que realmente não tem mais ninguém, e não tem um ponto de referência. Você se torna um ponto de referência para os demais”, conclui.

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