Pelo menos quatro novos acampamentos sem-terra são montados em MS
Acampamentos surgem em menos de dois meses do Governo Lula e chamam atenção em rodovia
Dândara Genelhú –
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Às margens da MS-164 é possível ver acampamentos sem-terra se formarem em Mato Grosso do Sul. Lonas e estruturas surgiram em menos de dois meses do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e são erguidos em trecho da rodovia que dá acesso ao município de Antonio João e o Assentamento Itamarati, entre os km 70 e 78.
Assim, o movimento sem-terra ganha mais um acampamento no Estado. Bandeiras do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) estão em frente aos barracos, ainda em fase de construção.
O movimento popular tem objetivo de conquistar a Reforma Agrária. Segundo o MST nacional, existem frentes em 24 estados do país. Além disso, afirmam que mais de 450 mil famílias obtiveram terras a partir da organização de trabalhadores rurais.
O Jornal Midiamax acionou o MST estadual, que não se posicionou sobre os novos acampamentos até a publicação desta matéria. Contudo, o espaço segue aberto para manifestação.
Famílias nos acampamentos
Segundo o deputado federal e coordenador da bancada federal de MS, Vander Loubet (PT), os novos acampamentos não são reflexo direto da gestão de Lula. “Na verdade acho que é uma demanda reprimida enorme, faz, talvez, mais de 8 anos que não se assenta mais uma família. Isso é uma realidade que nós temos de famílias precisando ser assentadas”, destaca.
Assim, afirma que é “natural que no Governo do Lula esse povo crie esperança”. Além disso, Vander pontua que o acampamento é ‘uma forma de pressão’, que naturalmente obriga o governo a encontrar saídas para atender essas famílias.
Contudo, lembra que Lula assumiu a presidência há menos de dois meses. “Claro que a hora que você acampa na beira da estrada, você explicita a sua demanda e necessidade, mas tem que ter paciência também porque nós estamos há 60 dias governando esse país. Então é importante ponderação, é importante ter tranquilidade”, ressalta.
Por fim, reforçou a confiança de que as famílias serão atendidas. “Não tenho dúvida de que o presidente Lula vai distensionar, como fez quando assumiu”. Então, lembrou da gestão do ex-governador Zeca do PT em MS.
“Me recordo que quando o Zeca assumiu, nós tínhamos 57 fazendas ocupadas e nós saímos com duas, que era uma questão de terras indígenas, de competência do Governo Federal”, relembrou.
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