HU de Campo Grande realiza pela primeira vez cirurgia de incontinência urinária feminina

Procedimento aconteceu durante curso teórico-prático para residentes

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HU sofre com falta de anestesistas. (Divulgação, Hospital Universitário)

Pela primeira vez desde o início dos atendimentos, o Hospital Universitário de Campo Grande realizou cirurgia de incontinência urinária em mulheres. O procedimento, realizado na semana passada, aconteceu durante curso teórico-prático para residentes de urologia.

Incontinência urinária de esforço é caracterizada pela perda de urina de forma involuntária que ocorre durante manobras de esforço, como tossir, espirrar, levantar peso ou, até mesmo, mudança de posição. A sua frequência aumenta com a idade, surgindo habitualmente em mulheres a partir dos 40 anos e sendo muito frequente em mulheres de idade avançada.

Após aula teórica, equipe de residentes, médicos e anestesia deu início ao procedimento minimamente invasivo que consiste na a introdução de uma fita de polipropileno abaixo da uretra. Com isso, aumenta-se a resistência uretral, o que ameniza a perda de urina.

De acordo com o médico João Juveniz, o procedimento cirúrgico é feito quando outros recursos não têm resultado: “Quando não há melhoras com medidas comportamentais, nem medicamentos e nem fisioterapia, é recomendado que se realize a cirurgia”, detalha.

O procedimento cirúrgico em si demora basicamente uma hora e é feito com raquianestesia, a colocação do sling leva de 30 a 40 minutos para ser implantado.

“A recuperação é boa, o paciente pode ir de alta no mesmo dia. No entanto, essas pacientes, especificamente, foram embora no outro dia, pois era domingo e preferirmos dar alta na segunda-feira. E é possível realizar o procedimento somente com sedação. Porém, como foram os primeiros procedimentos desse tipo realizado no hospital, optamos pela raquianestesia para termos um pouco mais de segurança”, explica João.

O implante de sling sintético proporciona melhora da incontinência urinária em 70 a 90% das pacientes.

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