Em 18 de janeiro de 2021, deu um importante passo no enfrentamento à pandemia de Covid-19 com o início da campanha de vacinação contra o coronavírus. Na época, filas quilométricas se formaram nos postos de vacinação e nem mesmo o sol forte espantou a população que passava horas em pé em busca do imunizante.

Em pouco tempo, Mato Grosso do Sul se tornou referência nacional no índice de cobertura vacinal, tendo figurado na primeira colocação entre os estados em grande parte do ano. Passados dois anos, a procura pela vacina caiu consideravelmente. O Estado que antes era referência, hoje ocupa a 16ª posição entre as 27 Unidades da Federação.

Dados do boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgados nesta terça-feira (18), indicam que, em todo Estado, mais de 300 mil pessoas ainda não receberam nem a primeira dose da vacina, o que corresponde a 11,5% do público de 2,6 milhões de pessoas.

Na faixa etária de crianças entre 5 e 11 anos, 118.675 estão com a primeira dose da vacina em atraso, ou seja, 39,4% do total de crianças aptas a se vacinarem. Já em relação à segunda dose, 67.934 crianças ainda não receberam o imunizante. Ao todo, 301.008 crianças estão aptas a receberem o imunizante em MS.

O público alvo que compreende a faixa etária entre 12 e 34 anos apresenta os maiores índices de doses em atraso. Neste grupo, 122.217 pessoas ainda não tomaram a D1, ou seja, 12,2% do total. A D2 não foi aplicada em 123.815 pessoas, cerca de 12,3% do público.

Em relação à dose de reforço, mais de 215 mil pessoas estão com a vacina em atraso, o que representa 21,5% do público alvo. Ao todo, 1.002.904 pessoas entre 12 a 34 anos estão aptas a se vacinar contra Covid no Estado.

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Imagem ilustrativa

Dose de reforço em atraso supera as doses aplicadas

No público de pessoas com 35 anos ou mais, o número de pessoas com a primeira dose em atraso é de 99.441, o que corresponde a 7,6% do total estimado. A D2 ainda não foi aplicada em 82.520 pessoas (6,5%).

Em todo Estado, 84.782 pessoas com mais de 35 anos estão com o primeiro reforço em atraso, ou seja, 6,4% do total.

Já em relação ao segundo reforço os números são preocupantes. Os dados mostram que de 1.316.026 pessoas aptas a se vacinarem, apenas 353.615 receberam o imunizante, o que corresponde a 26,9% do total, enquanto o número de pessoas com o segundo reforço em atraso é de 692.983 pessoas, ou seja, 52,7% do público alvo.

Cobertura vacinal
Cobertura vacinal em MS (Foto: Divulgação,SES)

Onde se vacinar?

Com objetivo de ampliar a cobertura vacinal, a vacinação contra é segue disponível mais de 50 unidades de saúde de Campo Grande. Diante da baixa adesão, a imunização está disponível para bebês a partir dos seis meses a idosos com 60 anos ou mais.

Em todas as unidades, de segunda a sexta e plantão no fim de semana, o atendimento é por demanda espontânea, ou seja, basta chegar e pegar senha e aguardar o serviço.

Vacina em Campo Grande
(Divulgação,Sesau)

Por que tomar a bivalente?

A vacina bivalente segue disponível para toda a população a partir de 18 anos em MS. O imunizante foi pensado especificamente para combater a variante Ômicron da Covid-19.

A dose da bivalente, produzida pela Pfizer, foi produzida com base em duas variantes da Ômicron, da última grande onda registrada no Brasil e que até hoje são as responsáveis pelo maior número de casos. Os frascos se diferenciam dos demais por terem a cor da tampa cinza.

Para receber a vacina bivalente é preciso ter recebido, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) no esquema primário ou reforço. A última dose deve ter sido tomada há, no mínimo, quatro meses. Pessoas que estão com doses em atraso, também podem procurar as unidades de saúde.