Dia após ataque, segurança é reforçada em escola e reposição de aula suspensa
Pais dizem estar apreensivos com a situação e que, no dia do ataque, a escola havia apenas solicitado que fossem buscar filhos, sem informar motivo
Priscilla Peres, Clayton Neves –
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Guardas municipais reforçam a segurança da Escola Municipal Bernardo Franco Baís, onde um adolescente de 15 anos cometeu um atentado na tarde de quinta-feira (19). Pais estão apreensivos e uma atividade que aconteceria no sábado (20) foi cancelada.
No muro da escola, um recado em sulfite avisa que não haverá aula amanhã e que o sábado letivo e o dia da família serão repostos em outra data. Além da guarda, equipe da Sicoe da Semed (Secretaria Municipal de Educação) está no local.
O garçom Oscar Nudarra, 32, levou as filhas de 9 e 12 anos para a escola hoje. Ele conta que sua esposa estava com bastante medo, mas que ele levou porque “tinha certeza do policiamento reforçado”.
Escola pediu para buscar crianças, mas não avisou o motivo
Mãe de duas crianças da escola, Kelly Cristina, 34, trabalha próximo dali e conta que na tarde de ontem ligaram três vezes para ela ir buscar os dois filhos mais cedo, de 8 e 6 anos. “Não me disseram o que era, apenas que era um protocolo de segurança”, conta.
Ela afirma que para as crianças disseram que estavam liberando mais cedo por que a escola iria ficar sem água. “Claro que é uma situação preocupante”.
Já a vendedora ambulante Maria Auxiliadora, 52, disse que ontem chegou a ver o menino minutos antes de tudo acontecer. “Ele estava sentado em frente a escola, achei que era aluno matando aula. Só que depois eu fiquei sabendo de todo o bafafá”.
Ela relata que ficou bastante apreensiva já que tem um neto especial de 8 anos que estuda na primeira sala da escola.
Adolescente disse que estava atrás de abusadores
Em depoimento na Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude), nessa quinta-feira (18), o adolescente de 15 anos que esfaqueou uma advogada de 45 anos, em frente à Escola Municipal Bernardo Franco Baís, em Campo Grande, contou que esperou a mãe sair para trabalhar e pegou as facas para cometer o crime.
O adolescente ainda revelou que acordou cedo, se arrumou e esperou a mãe sair para trabalhar, quando foi até a cozinha e pegou cinco facas, além de uma marreta, indo em direção à escola. Ele ainda falou que teria visto os abusadores indo para a quadra de esportes, e por isso, tentou entrar na unidade escolar.
Durante depoimento, o adolescente repetiu discursos de jovens que cometem este tipo de crime e que não serão reproduzidos pelo Jornal Midiamax, que zela pelo compromisso de não estimular atos de violência em indivíduos e comunidades de ódio, que resultam em novos casos, segundo recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência.
O garoto revelou no depoimento que foi estuprado dentro do banheiro da escola por três alunos, no ano passado, e por isso, teria ido cometer o crime. Uma advogada de 45 anos foi esfaqueada nas costas ao tentar impedir o ex-aluno de entrar na escola com facas.
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