Faca e marreta: garoto que esfaqueou mãe de aluno planejou ataque em escola de Campo Grande
Ações de segurança falharam e advogada evitou invasão por ex-aluno que tentava ‘vingar’ suposto estupro na escola pública
Thatiana Melo –
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Em depoimento na Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude), nessa quinta-feira (18), o adolescente de 15 anos que esfaqueou uma advogada de 45 anos, em frente à Escola Municipal Bernardo Franco Baís, em Campo Grande, contou que esperou a mãe sair para trabalhar e pegou as facas para cometer o crime, confessando, assim, o ataque.
O adolescente ainda revelou que acordou cedo, se arrumou e esperou a mãe sair para trabalhar, quando foi até a cozinha e pegou cinco facas, além de uma marreta e foi em direção à escola. Ele ainda falou que teria visto os abusadores indo para a quadra de esportes, e por isso, tentou entrar na unidade escolar.
Durante depoimento, o adolescente repetiu discursos de jovens que cometem este tipo de crime e que não serão reproduzidos pelo Jornal Midiamax, que zela pelo compromisso de não estimular atos de violência em indivíduos e comunidades de ódio, que resultam em novos casos, segundo recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência.
O garoto revelou no depoimento que foi estuprado dentro do banheiro da escola por três alunos, no ano passado, e por isso, teria ido cometer o crime. Uma advogada de 45 anos foi esfaqueada nas costas ao tentar impedir o ex-aluno de entrar na escola com facas.
Semed alega que não sabia de estupro
O Secretário Municipal de Educação, Lucas Bittencourt, disse na manhã desta sexta-feira (19) que não tinha conhecimento sobre o caso de estupro que o adolescente havia sofrido na escola.
Lucas Bittencourt disse ao Jornal Midiamax que nada foi registrado em Ata sobre o caso de estupro do adolescente. Ainda segundo o secretário, existe um grupo de psicólogos para atender a escola, mas que não fica sempre na unidade escolar. Os profissionais ficam em um centro e atendem as escolas.
Nesta sexta (19), funcionários da Semed (Secretaria Municipal de Educação) fizeram a acolhida dos alunos após o episódio.
Escola não registrava ocorrência há 15 anos
A Escola Municipal Bernardo Franco Baís já possuía um guarda municipal de plantão, antes do lançamento de um plano de segurança escolar, feito pela prefeitura de Campo Grande no início de abril.
Não havia registro de violência na escola há 15 anos e é considerada segura pela segurança municipal. Por isso, a escola não foi classificada como vulnerável pela prefeitura no mês passado, quando foram designados guardas municipais para 110 escolas.
“Criamos vários mecanismos pra dar segurança para os alunos e servidores da unidade. Ele chegou, mas não ia ter acesso ao interior da escola, já que os portões ficam fechados de forma permanente, seguiremos normalmente com as aulas”, destacou o secretário Lucas Bittencourt.
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