“Foi evitado uma tragédia”, afirmou o secretário municipal de Educação, Lucas Bittencourt, sobre a facada dada por um adolescente de 15 anos nas costas da mãe de um aluno na Bernardo Franco Baís, em . O secretário esteve no local e comentou o plano de segurança escolar estipulado pela prefeitura.

De acordo com o secretário, o adolescente que cometeu uma infração penal tinha alvos e intenção na ação que cometeu, já que com ele foram encontradas quatro facas e uma marreta. “De acordo com protocolo que escola segue de ter um agente patrimonial e os portões fechados, além da ação rápida de todos, foi o que impediu a tragédia”, conta.

O adolescente terminou o Ensino Fundamental na escola no ano passado e estuda atualmente em uma escola estadual. “Ele não tinha incidente de bullying ou alguma situação de . Tem histórico tranquilo e agora vamos levantar o que motivou essa ação”, destacou o secretário.

O adolescente de 15 anos estava com quatro facas e uma marreta quando revistado pela PM e GCM. Ele foi encaminhado para a Deaji (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude).

Escola não registrava ocorrência de violência há 15 anos

A Escola Municipal Bernardo Franco Baís já possuía um guarda municipal de plantão, antes do lançamento de um plano de segurança escolar, feito pela prefeitura de Campo Grande no início de abril.

Não havia registo de violência na escola há 15 anos e é considerada segura pela segurança municipal. Por isso, a escola não foi classificada como vulnerável pela prefeitura no mês passado, quando foram designados guardas municipais para 110 escolas.

“Criamos vários mecanismos pra dar segurança para os alunos e servidores da unidade. Ele chegou, mas não ia ter acesso ao interior da escola, já que os portões ficam fechados de forma permanente. Seguiremos normalmente com as aulas”, destacou o secretário Lucas Bittencourt.

Professor desarmou adolescente

Eu vi a faca brilhando na mão dele, estava focado na mão. Foi instinto porque ele não queria soltar a faca. Eu segurei no punho dele e o desarmei”, relatou o professor ao Jornal Midiamax. Ele ainda explica que o agente patrimonial que conteve o adolescente teria jogado uma mesa em cima dele, para conseguir imobilizá-lo contra a parede.

Em seguida, o funcionário gritou para o professor ajudar. Ele relatou que o adolescente “era muito forte” e, num primeiro momento, não quis responder qual o motivo de ter esfaqueado a do aluno. “A provável raiz disso pode ter vindo de um problema familiar”, disse o professor, sem especificar.

Willian conversava com a advogada, que estava deixando o filho para o início da aula. Pouco depois, a coordenadora teria chamado o menino afirmando que a aula já estava para começar. Segundos depois do filho da vítima passar o portão, o adolescente atacou a advogada.

Na sequência, o ex-aluno teria corrido para o portão que dá acesso às salas de aula, quando foi contido pelo agente. Já a vítima foi levada para a sala dos professores e funcionários da escola fizeram compressa para estancar o sangramento.

“Tive que me concentrar para dar aula depois, porque as crianças têm 8 e 9 anos, para não demonstrar essa situação para elas”, finaliza o professor.