Com MS em alta incidência, confira cidades que quase não tiveram casos de dengue em 5 meses

Estado soma 25 mil casos positivos de dengue e 26 mortes

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Busca por criadouros de Aedes aegypti (Reprodução/CCZ)

Mato Grosso do Sul ocupa o 10º lugar no ranking nacional em alta incidência de dengue. Em cinco meses do ano, 25.720 pessoas foram diagnosticadas com a doença e 26 morreram infectadas pelo vírus transmitido pelo Aedes aegypti. Em meio a cidades que acumulam internações, cinco quase não registraram casos positivos da doença no ano, considerando o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde).

A maior parte das cidades tem nível popular pequeno, como em Paraíso das Águas, com 5.564 habitantes – a cidade estuda 32 casos prováveis, diante de nenhuma confirmação. Em seguida, está Aparecida do Taboado com dois positivos para população de 26.269 moradores e 38 suspeitos. Corguinho e Coronel Sapucaia somam dois moradores infectados pelo mosquito nesse período, para habitação de 6.054 e 15.352 pessoas, respectivamente.

Considerando a taxa de números de prováveis e população calculada a cada 100 mil habitantes, cidades como Nova Alvorada do Sul, Corguinho, Ribas do Rio Pardo, Paranhos, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Terenos, Iguatemi e Tacuru estão no limite de baixa incidência, ambas com menos de 40 mil moradores. A taxa de incidência também é baixa nas cidades citadas, em Paraíso é de 0,0; Aparecida do Taboado de 7,7; e Coronel Sapucaia de 13,0.

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Incidência alta

Os cinco primeiros meses já ultrapassam o período homólogo, que sai de 26.548 para 44.377. No ano passado, 24 pacientes perderam a vida em decorrência da dengue, neste ano já são 26 óbitos. A taxa de mortalidade subiu de 0,85 para 0,93. Casos prováveis englobam os casos em investigação, casos confirmados e ignorados. Não são considerados os casos descartados.

Comparando ao ano passado, casos confirmados saem de 21.328 para 25.720, no mesmo período; taxa de incidência a cada 100 mil habitantes de 759,2 para 915,5; e letalidade de 0,11% para 0,10%.

Perfil

O monitoramento indica que crianças e adolescentes, em 10 e 19 anos, lideram o perfil de casos prováveis, com 19,79% dos perfis encaixados nas notificações; em seguida entram jovens de 20 a 29 anos (18,98%), de 30 a 39 anos (15,82%) e entre 50 e 59 (10,05%).

Apesar das menores porcentagens, idosos estão entre as vítimas que mais morreram em decorrência da dengue nos últimos meses. Para se ter uma ideia, dos 26 óbitos, 13 são idosos de 60 a 94 anos e sem comorbidades relatadas.

Campo Grande

A Capital lidera a lista estadual entre as cidades que mais registra positivos de dengue, acumulando 7.610 pacientes. O último levantamento do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti), de terça-feira (23), aponta oito UBSFs (Unidade Básica de Saúde Familiar) em nível de risco para notificações da doença: Iraci Coelho, Coophavilla II, 26 de Agosto, Vida Nova, Aero Rancho, Silvia Regina, Botafogo e Dona Neta.

Dos 441.631 imóveis existentes em Campo Grande 18.841 foram inspecionados por agentes de saúde e endemias. Só nas regiões em alto nível foram 1.855 residências que receberam visita de um servidor da saúde.

“A maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar, diferente do que muita gente pensa. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto, é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo.

Cerca de 300 agentes da CCEV/Sesau (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde) estiveram mobilizados nas ações. Ao todo, foram 39 mil depósitos e 2,6 mil focos eliminados.

Não fique parado

Superfícies pequenas com acúmulo de água parada são suficientes para o mosquito proliferar. O maior número de focos são encontrados em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros. Embora campanhas públicas e visita de agentes em imóveis, a ajuda popular é primordial para frear o risco, como:

  • Faça limpeza regular no terreno;
  • Descarte em local apropriado utensílios que podem acumular água, como garradas e até tampinhas;
  • Pneus são ótimos acumuladores de água, o ideal é retirar de locais expostos à chuva;
  • Piscinas ou caixa d’água devem estar limpas;
  • Calhas devem ficar regularmente limpas e com saída de chuva.

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