Grupo de ciclistas quer chamar atenção para a importância de melhorar a mobilidade urbana, proporcionando mais segurança aos adeptos da bicicleta como transporte ou lazer. Para isso, vão realizar uma ‘bikeata' no próximo sábado (11) com a pretensão de reunir 1 mil ciclistas.

O movimento vai se reunir às 14h30 na praça Ary Coelho e sair em percurso pela rua 14 de julho, rua 13 de maio e avenida Afonso Pena até chegar na prefeitura de . A ideia é chamar atenção também do poder público para a necessidade de melhorias nas vias por onde passam os ciclistas.

“Movimento de alerta e reivindicação para o município sobre a situação das ciclovias, ciclofaixas, iluminação, segurança, tudo que diz respeito a mobilidade e a inclusão real do ciclista. Tem acontecido muitas coisas desfavoráveis e temos exemplos de cidades que através da mobilização dos ciclistas tem mudado o quadro”, afirma organizador do evento, Claudio Ribas, o Leco.

Ele elenca ainda, sete itens para melhoria do em Campo Grande:

  • 1 – Melhoria, integração e ampliação das ciclovias;
  • 2 – Melhoria e ampliação da sinalização sobre proteção aos ciclistas;
  • 3 – Campanhas permanentes de conscientização de proteção aos ciclistas junto aos motoristas;
  • 4 – Criação de um “fórum permanente de ciclistas”, junto à prefeitura, para levar pautas necessárias;
  • 5 – Apoio ao esporte, tanto de base, quanto de competição;
  • 6 – junto às autoescolas para possuírem banners sobre proteção aos ciclistas e que desenvolvam outras atividades;
  • 7 – abertura de espaços públicos nos parques municipais para ciclismo, com apoio na manutenção das pistas existentes;

Três mortes de ciclistas em oito meses de 2023

Entre janeiro e agosto de 2023, três ciclistas morreram em decorrência de acidentes de trânsito em Campo Grande, de acordo com dados da prefeitura. Mas os dados podem ser maiores, já que são atualizados por trimestre.

Dados da (Secretaria Municipal de Saúde) revelam que, em 2023, o Samu atendeu 597 ocorrências envolvendo bicicletas, o que abrange quedas, colisões e atropelamentos. Em 2022, durante o ano inteiro, foram registradas 751 ocorrências semelhantes.

Em sete meses e meio, o número de ocorrências com ciclistas em Campo Grande corresponde a 80% do total registrado no ano anterior. Isso evidencia um problema já enraizado: a cidade não proporciona um ambiente seguro para os ciclistas.

Um ponto importante a ressaltar é que Campo Grande possui a segunda maior concentração de bicicletas entre as capitais, enquanto Mato Grosso do Sul lidera em proporção de bicicletas por habitante entre os estados, com uma taxa de 26 veículos para cada 100 habitantes.