Uma assembleia na manhã desta segunda-feira (3) na sede do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em e Urbano de Campo Grande) vai decidir se a categoria entra ou não em greve por tempo indeterminado. Segundo os trabalhadores, eles ainda não receberam o reajuste salarial acordado com o Consórcio Guaicurus.

Segundo o diretor-financeiro do Sindicato, William Alves, em novembro foi celebrado, por meio de um acordo coletivo, o reajuste da categoria, mas o consórcio estaria alegando o não cumprimento do combinado pela falta de reajuste da tarifa de ônibus. “O sentimento da categoria é pela greve, mas vamos fazer o debate hoje e ver qual será a decisão”, disse William ao Midiamax.

Impasse na tarifa

Impasse entre o município de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus pode adiar o reajuste da tarifa do ônibus. Na manhã desta quarta-feira (29), (PSD) publicou decreto que limita em 5% reajuste das tarifas de ônibus, de água e e do terminal rodoviário. Assim, a passagem do transporte coletivo, que está em R$ 4,20, pode chegar a R$ 4,41 em 2022.

Na contramão, o Consórcio Guaicurus pedia um aumento de 21,93%, valor que foi negado pelo chefe do Executivo. Enquanto ambas as partes não entrarem em um acordo e o novo valor não for publicado no Diário Oficial, a tarifa continua a R$ 4,20.

“A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), tem que publicar o valor do reajuste no Diário para começar a valer. A concessionária tem direito a um reajuste anual, mas se fosse 21,93% o valor da passagem ficaria R$ 5,17. Eu estou dizendo que vai ser até 5% e se a concessionária não aceitar, pode entrar na Justiça. Não posso virar as costas para a população na pandemia. O trabalhador teve um aumento de apenas 10,4% no salário, não é justo a tarifa do ônibus subir 21,93%”, disse o prefeito.