Tarifa do ônibus não sobe até acordo sobre novo valor com concessionária, diz Marquinhos

Município publicou decreto limitando reajuste a 5%, enquanto Consórcio Guaicurus quer alta de 21,9%

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Assuntos devem ser discutidos até semana que vem
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Impasse entre o município de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus pode adiar o reajuste da tarifa do ônibus. Na manhã desta quarta-feira (29), Marquinhos Trad (PSD), publicou decreto que limita em 5% reajuste das tarifas de ônibus, de água e esgoto e do terminal rodoviário. Assim, a passagem do transporte coletivo, que está em R$ 4,20, pode ir até a R$ 4,41 para 2022.

Na contramão, o Consórcio Guaicurus pedia um aumento de 21,93%, valor que foi negado pelo Chefe-do- Executivo. Enquanto ambas as partes não entrarem em um acordo e o novo valor ser publicado no Diário Oficial, o valor da tarifa continua a R$ 4,20.

“A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), tem que publicar o valor do reajuste no Diário para começar a valer. A concessionária tem direito a um reajuste anual, mas se fosse 21,93% o valor da passagem ficaria R$ 5,17. Eu estou dizendo que vai ser até 5% e se a concessionária não aceitar, pode entrar na Justiça. Não posso virar as costas para a população na pandemia. O trabalhador teve um aumento de apenas 10,4% no salário, não é justo a tarifa do ônibus subir 21,93%”, disse o prefeito.

No decreto, a justificativa é de que Campo Grande ainda está em situação de calamidade pública e que os impactos da covid implicaram na redução de empregos e renda dos trabalhadores.

Além disso, o prefeito alega que o poder público precisa “proteger os cidadãos, inclusive com desonerações e reduções das tarifas”.

Portanto, a publicação considera que “fazem-se necessárias medidas que auxiliem e promovam a retomada do desenvolvimento econômico de toda a cidade, sendo que, o aumento da tarifa para os munícipes, certamente contraria as premissas da atividade produtiva, a exemplo do consumo e emprego, sobretudo em momentos de crise”.