Subiu de 600 para 800 o número de caminhões parados na fronteira entre Brasil e nesta quarta-feira (26). Desde sábado (22), a linha internacional entre , a 426 km de Campo Grande, e Puerto Quijarro, está interditada. A população do país vizinho protesta pela antecipação da realização do Censo Demográfico.

Na última terça-feira (25), 600 veículos de carga estavam parados no trecho até Santa Cruz, aguardando o fim das manifestações para seguir viagem, de acordo com o presidente da Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte e Logística do Pantanal), Lourival Vieira Costa Júnior.

“Hoje um caminhão carregando pintinhos entrou no porto seco e espera autorização para poder passar”, relata Lourival. 

Esse transporte de carga viva precisa oferecer conforto aos animais durante o trajeto, como refrigeração adequada. Esta é a primeira carga desse tipo que chega ao local desde o início do bloqueio na linha internacional. Diariamente, passam pela região cerca de 300 caminhões.

Conforme explica o presidente da Setlog, a maioria dos carregamentos que passam pela fronteira não são perecíveis. 

Por que os bolivianos protestam?

Parte da população boliviana voltou a protestar a favor da antecipação da realização do Censo Demográfico. Com os dados do levantamento em mãos, a expectativa é que o governo modifique a distribuição de recursos públicos aos estados. 

O Censo Demográfico está agendado para 2024 e as reivindicações pedem que o presidente Luiz Arce antecipe e seja realizado já em 2023. O último levantamento foi feito em 2012.

Esta é a terceira vez que a linha internacional com Puerto Quijarro está fechada. A primeira vez foi em 25 de julho e a segunda em 8 de agosto.

De acordo com o jornal boliviano El Delber, está marcado para a próxima sexta-feira (28), na cidade de Cochabamba, um “encontro plurinacional” onde será definida a data do próximo Censo Demográfico.