Se UFN3 for concluída, Brasil terá grande oferta de nitrogenado, diz Reinaldo

Fábrica de fertilizantes está sem conclusão desde 2015, em Três Lagoas

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Reinaldo falou sobre UFN3
Reinaldo falou sobre UFN3

A conclusão da UFN3, fábrica de fertilizantes que começou a ser construída em Três Lagoas e com obras paradas desde 2015, pode aumentar a oferta de nitrogenado no Brasil e, com isso, solucionar uma parte da falta de insumos no país, conforme declaração do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB).

O comentário foi feito em resposta sobre o reflexo da guerra na Rússia contra a Ucrânia. O país soviético fornece mais de 90% de fertilizantes ao Brasil. Para se ter uma ideia, 99% do nitrato de amônio, por exemplo, um importante fertilizante usado pelos produtores brasileiros, vem do país soviético. A Rússia responde por 29% do potássio consumido no país e sua aliada Bielorrússia, outros 19%. Para ficar em alguns exemplos.

Reinaldo disse que o reflexo ruim da guerra é a especulação, além do sofrimento do povo ucraniano. “A guerra começou agora e o preço do fertilizante subiu 40%. Será que já está faltando ou é algo do mercado”, questionou.

O governador disse ainda que existe muita especulação no mercado, mas isso pode mudar. “O Brasil tem grande maciço mineral nunca explorado e agora estão dando atenção a isso. Jazidas nós temos, se terminar UFN3, aumenta-se oferta de nitrogenado, que importamos 90%”.

Ainda segundo o governador, esse problema não será resolvido do dia para noite. “Não se resolve um passivo grande como esse do dia para o outro e precisa investimento do setor privado. Minas e minerais temos, só falta prospectar e tornar isso realidade”.

Venda da UFN3

Em fevereiro, diretores do grupo russo Acron, os novos donos da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), desembarcaram em Campo Grande  e já anunciaram que pretendem retomar as obras em Três Lagoas a partir de julho. Mas isso foi antes da guerra entre Rússia e Ucrânia. Na época, o vice-presidente da Acron, Vladimir Kantor, confirmou a compra da UFN3 junto à Petrobras.

Em novembro do ano passado, a ministra da Agricultura Tereza Cristina esteve em Moscou com uma vasta pauta com os russos, como, por exemplo, elevar as exportações de carne bovina, suína e de aves, além de fechar os últimos detalhes da venda de frutas e, paralelamente, reuniu-se com diretores do grupo russo Acron para alinhar os últimos detalhes da venda da UFN3, que estava sob a chancela da Petrobras. As obras da UFN3 estavam paralisadas desde 2014, após a estatal brasileira ter feito R$ 3 bilhões em investimentos nas obras em Três Lagoas.

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