Erro de mesário pode impedir eleitor de votar, explica TRE-MS

Eleitor de Campo Grande ficou sem votar por erro de mesário e TRE-MS explica procedimento: punição só em caso de má-fé

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Mesário cometeu erro e eleitor não pôde votar na Capital – (Fotos: Leitor Midiamax)

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) garante que o caso do eleitor que chegou para votar e descobriu que alguém já tinha votado em seu nome foi o único até o início da tarde deste domingo (30) de segundo turno em MS.

Conforme o Tribunal, o erro foi de responsabilidade do mesário da seção. “Trata-se de um caso isolado. É possível que haja esse tipo de situação em razão de equívoco na identificação de eleitores. Isso decorre de erro de procedimento do mesário na localização dos respectivos nomes no caderno de votação, podendo resultar em assinatura no campo errado do caderno, acima ou abaixo do devido”, explica o órgão.

Nesse caso, portanto, o eleitor fica impossibilitado de votar? “Não poderá, infelizmente”, esclarece o Tribunal. E o mesário, sofrerá alguma punição por ter tirado o direito ao voto de um cidadão?

“No caso de procedimento contra mesário, geralmente acontece apenas em caso de má fé. Mas, como somos humanos, erros acontecem. E, como disse, são casos bem pontuais”, afirma a comunicação do Tribunal Regional Eleitoral ao Midiamax.

Ainda de acordo com o TRE-MS, todavia, “num universo de mais de 1 milhão e 900 mil eleitores, até agora apenas essa ocorrência nesse sentido”.

Eleitor não pôde votar por erro do mesário

O autônomo Carlos Roberto Garcia Junior, de 42 anos, chegou para votar em sua escola eleitoral neste domingo (30) e teve uma surpresa desagradável: alguém já tinha votado em seu lugar.

“Vim na minha seção eleitoral pra fazer minha votação. Votei, e apareceu que eu já tinha votado”, relata, sem acreditar.

O caso aconteceu na Escola Municipal Luiz Cavallon, Jardim Botafogo, em Campo Grande, na seção 133 do colégio eleitoral.

“Simplesmente fizeram uma ata relatando o erro e pediram pra eu procurar meus direitos. Isso é um crime eleitoral, alguém votou no lugar de alguém. Vou fazer um boletim de ocorrência”, afirma o eleitor.

“Indignado”, diz eleitor

Carlos conta ao Midiamax que ainda não tem biometria e, portanto, vota manualmente. Ele lamenta não poder exercer sua cidadania.

“Indignado. Tiraram meu direito de votar por algo que dizem ser tão importante. Eu ainda voto de forma manual, não voto com digital, a pessoa assinou e votou com o número do meu título. Ainda assinou outro nome. Já tem uma assinatura lá e aparece como votado”, detalha, revoltado.

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