A idade para a aplicação da 2ª dose de reforço da vacina contra a Covid-19, em Campo Grande, será atualizada a partir desta quarta-feira (22). Pessoas que tenham 25 anos ou mais e receberam o 1º reforço há pelo menos quatro meses poderão procurar uma das unidades de saúde para tomar a dose.

A aplicação é feita para quem tenha tomado qualquer uma das vacinas disponíveis e se enquadre nos dois requisitos estipulados, que são idade e intervalo entre doses. “Nós percebemos que com o passar do tempo, o imunizante passa a ter menos eficácia, principalmente por causa da atualização constante do vírus”, explica Veruska Lahdo, superintendente de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

Sem ter nenhum caso isolado da mais recente variante do coronavírus, a BQ.1, a preocupação da pasta é que esta já esteja circulando no município e gere um novo pico de Covid-19 entre o final deste ano e o início do ano que vem.

“Já vivenciamos esta situação no ano passado, e sabemos que pode ser muito arriscado principalmente para quem tem a saúde mais fragilizada, por isso é necessário que todos completem o ciclo de vacinação”, conclui a superintendente.

O calendário de locais disponíveis para a vacinação está disponível no site da Sesau, neste link.

Cobertura vacinal

Até o momento, quase dois milhões de doses da vacina contra a Covid-19 foram aplicadas na Capital, e 80% da população local está com o esquema primário completo. Porém a procura pelas doses de reforço ainda estão muito aquém do esperado.

Desde o final do mês de maio, o primeiro reforço está liberado para toda a população a partir dos 12 anos e que havia concluído o esquema primário há pelo menos quatro meses, mas, até então, somente 380.490 doses foram aplicadas. O público estimado desta faixa etária é de aproximadamente 741,6 mil pessoas.

Quanto ao segundo reforço, a procura está ainda mais baixa, já que foram aplicadas pouco mais de 141 mil doses dos imunizantes disponíveis.

Covid-19 em Campo Grande

Campo Grande já tem percebido um aumento na procura de testes de Covid-19 e nos atendimentos a pacientes sintomáticos respiratórios. Mesmo não havendo elevação na positividade dos testes, a pasta já avalia que isso pode ser reflexo da circulação da nova variante da infecção.

“O número de casos positivos no município ainda é muito baixo, o que nos deixa mais tranquilos, porém, há a possibilidade de aumento na positividade dos testes”, explica Veruska.

Segundo a superintendente, na última semana epidemiológica, que foi de 13 a 19 de novembro, foram 93 novos diagnósticos, ou seja, 6,9% dos testes realizados tiveram o resultado positivo.