Ovo caseiro ou industrializado? Vem aí: Páscoa; o que esperar dessa data em 2022?
Instabilidade da economia faz consumidores apostarem em ovos caseiros nessa Páscoa
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A Páscoa já está chegando e lojistas e fábricas de chocolates esperam que os clientes comprem mais para presentear seus entes queridos em 2022. No entanto, se os ovos de Páscoa estão cada vez mais caros, como fazer para comprar os chocolates para os amigos e para a família? A saída tem sido escolher os produtos de pequenas confeitarias e quituteiras.
“A expectativa é de um aumento de pelo menos 100% em comparação aos anos anteriores. Estou bem animada”, avalia a confeiteira Dayane Lopes de Oliveira, de 32 anos. Este é o quarto ano que ela produz e vende ovos artesanais. A produção, que começou tímida, para amigos e família, agora tem grande procura. Ela se programou e já comprou alguns dos insumos necessários para evitar oscilação nos preços, mas não escapou.
“Muitos produtos que uso sofreram aumento, e infelizmente minha tabela terá reajuste, mas estou estudando formas de pagamento facilitadas para conseguir atender todo mundo”, afirma.
Grandes mercados também resolveram apostar em atrair o consumidor transformador, ou seja, aquele que faz para vender. “Estamos ofertando muitos itens para o transformador, como barras e coberturas, além de outros insumos para fabricação de ovos de Páscoa. É um dos pilares do Fort fomentar os pequenos negócios, contribuindo para o desenvolvimento das comunidades locais”, explica o gerente nacional de marketing do Fort Atacadista, Gustavo Custódio.
Indústria otimista
Com o dólar em alta e a redução no poder de compra do salário do trabalhador brasileiro, a Páscoa está “salgada” para os consumidores esse ano. Mas, apesar de especialistas estimarem um aumento de até 18% nos preços dos chocolates, a indústria está otimista. Uma pesquisa encomendada pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas) ao Instituto Kantar mostra que a indústria de chocolate produziu 511 mil toneladas de janeiro a setembro de 2021, um crescimento de 44%, quando comparado com o mesmo período de 2020.
Durante a pandemia de Covid-19, o consumo de doces no Brasil cresceu 47,1%, como aponta uma pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em parceria com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Só em 2021, segundo estudo da Lett, empresa de pesquisa em Trade Marketing, o número de pedidos da categoria Bomboniere cresceu 306% e a de Ovos de Páscoa cresceu 100%, ambas em relação ao ano anterior.
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