Índice de gravidez na adolescência diminui em MS e Estado visa ampliar acesso a serviços de saúde

De 2015 para 2020 houve redução de 13,2%

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Foram discutidas ações que visam ampliar o acesso de adolescentes aos serviços de saúde
Foram discutidas ações que visam ampliar o acesso de adolescentes aos serviços de saúde

Dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) apontam que, de 2015 para 2020, houve redução de 13,2% no índice de gravidez na adolescência, passando de 28,6% em 2015 para 15,4% em 2020. Nesta terça-feira (1º), foram discutidas ações que visam ampliar o acesso de adolescentes aos serviços de saúde, em Mato Grosso do Sul.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, lamentou as consequências que a gravidez traz na adolescência. “A gente sabe muito bem da tragédia que é uma gravidez na adolescência pelas implicações familiares, sociais e econômicas que isso traz, ainda mais quando a gente está lidando com a mortalidade materna, que é bastante acentuada em Mato Grosso do Sul e que, dentro das mortes maternas, há um contingente expressivo de adolescentes”, disse.

Conforme a assessoria de imprensa da SES, a subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja, destacou o empenho da pasta em disseminar as ações recebidas pela Secretaria de Estado de Saúde. “É um tema muito caro a todas nós mulheres gestoras públicas. A semana nacional de prevenção precoce é uma ação pautada, pilotada pela Secretaria de Saúde, mas ela também é uma pauta nossa e estamos interiorizando, replicando, multiplicando todas as ações que recebemos da SES. Quanto mais a gente tiver meninas engravidando, mais teremos meninas fora das salas de aula, mais meninas nos afazeres domésticos, no casamento infantil que são abomináveis. Atuamos firmemente para divulgar as orientações para que a gente não tenha essas jovens grávidas”, pontuou.

Uma das palestrantes do evento, Vera Ramos, da Gerência de Saúde da Criança e Adolescente da SES, pontuou os impactos negativos da gravidez na vida das adolescentes. “Existe um processo de empobrecimento dessas adolescentes. Muitas delas abandonam o projeto de vida, de ter uma ascensão social e econômica. Em todos os pontos é prejudicial, como na parte emocional, sem contar os aspectos físicos e biológicos, é um corpo que não está formado, preparado ainda para esse evento e causa esse risco”, elencou.

Para Vera, é imprescindível atuar junto aos serviços de saúde para orientar, disponibilizar métodos contraceptivos e orientar. “Muitas engravidam por falta de orientação do autocuidado. É nesse ponto que a gente está pautando e trabalhando muito para facilitar esse acesso à informação e aos métodos”, concluiu.

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