Um grupo de guardas municipais se reuniram na tarde desta terça-feira (19) e prometeram acampar em frente a Prefeitura Municipal, insistindo em protesto por extra em plantões e melhorias salariais para a categoria em Campo Grande.

Os servidores levaram barracas, cadeiras, dentre outros utensílios para pernoitar. Em reportagem anterior, o presidente do sindicato da categoria pontuou que a principal reivindicação seria o pagamento dos plantões.

Segundo o presidente do Sindgm-CG (Sindicato dos Guardas Municipais de ), Hudson Bonfim, a categoria quer a equiparação do pagamento dos plantões igual ao do restante dos servidores, que recebem a hora trabalhada mais 50% no meio de semana e nos finais de semana a hora trabalhada mais 100%, o que não acontece atualmente.

Sobre esse fato, o secretário de segurança de Campo Grande, Valério Azambuja, disse que a informação não procede. “Não é apropriado nesse momento (contratação de vigilantes), aumenta gasto. Estamos com limites de custo”.

Ainda conforme o secretário, as outras reivindicações, como adicional de insalubridade e periculosidade estão sendo analisadas por uma comissão e deve começar a ser pago em agosto.

Greve impedida

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) proibiu greve dos GCM's (Guardas Civis Metropolitanos), em Campo Grande, em decisão do desembargador Alexandre Raslan.

O Sindgm-CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande) ingressou com pedido de suspensão da decisão favorável ao município, mas teve a reivindicação barrada.

“[…] a restrição ao direito de greve se abrange às carreiras policiais e todas as atividades de segurança pública, ante a impossibilidade da de tais serviços, por configurarem atividade essencial à segurança pública, e consequentemente, à manutenção da ordem pública”, diz o relator, na decisão.

Aprovados em concurso vão atuar em 2023

Nota divulgada nesta segunda-feira (18) pela Prefeitura de Campo Grande diz que a empresa que vai fornecer o laudo sobre o grau de periculosidade da GCM (Guarda Civil Metropolitana) já está sendo contratada.

O adicional é uma das reivindicações que vêm sendo feitas pela categoria junto ao Executivo Municipal, em meio a tentativas de greve, protestos e ações judiciais envolvendo as partes. Conforme o texto, a empresa contratada vai definir o grau de perigo da atividade.

A nota diz que a prefeitura cumpre integralmente o acordo firmado com o sindicato, sendo os plantões pagos com base nos critérios firmados em comum acordo com a entidade sindical.

“A Prefeitura reforça que tem o dever de resguardar o serviço prestado à população, considerado essencial, mas, ao mesmo tempo, coloca como prioridade a valorização dos seus servidores. Neste sentido, em nenhum momento se omitiu ao diálogo”, traz o texto.

Além disso, o Executivo informou que a partir de janeiro será iniciado o processo de promoção vertical e horizontal, para todas as categorias do funcionalismo.