Os campo-grandenses amanheceram sem transporte coletivo e estão precisando buscar outras alternativas para cumprirem com seus compromissos. Toda população foi pega de surpresa com a paralisação nesta manhã de terça-feira (21).

Gessilda Henrique, de 36 anos, trabalha com serviços gerais e diz que a princípio não acreditou quando foi informada da greve e precisou pegar carona com o patrão.

“Estava no ponto de ônibus do Jardim Centenário quando um motorista passou e avisou uma amiga sobre a paralisação, mas não acreditamos. Ela ligou no terminal e disseram que não tinha ônibus mesmo. Pego três ônibus para ir e mais três para voltar do trabalho. O motorista do meu patrão vai vir me buscar”, disse.

Preço do transporte de aplicativo disparou com a greve

Com a paralisação do transporte coletivo, o preço das viagens feitas por motoristas de aplicativo dispararam, deixando a população sem muitas escolhas.

A diarista Jucelina Ferreira da Silva, de 33 anos, diz estar revoltada e adianta que vai chegar atrasada ao trabalho. Ela tentou acionar um motorista de aplicativo, mas devido ao preço da corrida, a diarista acabou desistindo.

“Sempre acabamos prejudicados. Pego ônibus todos os dias no mesmo horário e não sabia da greve. Meu marido me trouxe aqui no ponto do Hércules Maymone e tentei chamar um motorista de aplicativo, mas a viagem ficou muito cara. Pedi para meu esposo vir me buscar e me levar no trabalho, mas vou chegar atrasada”, lamentou.

O profissional de TI, Wagner Mendes, de 32 anos, também reclamou do preço do transporte de aplicativo e diz que o valor da corrida que ele costuma fazer simplesmente triplicou nesta manhã.

“O valor de uma viagem de 3 km da Joaquim Murtinho até a Rua Amazonas está um absurdo. A corrida que costuma ser de R$ 8 pulou para R$ 23,50. Preciso ir em uma consulta e vou chegar atrasado. Estou tentando chamar um carro de aplicativo há mais de meia hora e ainda não consegui”, ressaltou.

Greve no transporte coletivo

Os usuários do transporte coletivo foram surpreendidos com os terminais fechados nesta manhã por uma greve dos motoristas. Segundo os motoristas, não há previsão de volta.

Os motoristas teriam encaminhado um ofício, na segunda-feira (20), alertando sobre suposta falta de pagamento por ‘esgotamento de recursos’, mas o problema não teria sido resolvido. O Consórcio Guaicurus ainda não se manifestou sobre a greve.