A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) terá cerca de R$ 13 milhões bloqueados em custeio e investimento a partir da próxima semana. O bloqueio ocorre, segundo a instituição, porque no último dia 27 de maio o governo federal anunciou o corte orçamentário de mais de R$ 1 bilhão nos orçamentos das universidades e institutos federais.

Segundo a UFMS, o orçamento para 2022, aprovado pelo Congresso Nacional, é de R$ 952,8 milhões, sendo que 80% é destinado para pagamento de pessoal, ativo e aposentado. Do total, R$ 64 milhões são destinados para manutenção e funcionamento da Universidade.

Segundo a pró-reitora de Planejamento e Orçamento, Dulce Tristão, em informações repassadas ao site oficial da UFMS, a redução do orçamento impactará diretamente no funcionamento da Universidade e causará prejuízos no pagamento das contas de água e luz e de insumos para laboratórios e projetos.

O reitor Marcelo Turine solicitou à Proplan (Pró-reitoria de Planejamento e Orçamento) estudo detalhado de revisão do planejamento anual, enfatizando manter, na sua integridade, os recursos aprovados para os estudantes vulneráveis do Pnaes (Programa Nacional de Assistência Estudantil), as bolsas de ensino, pesquisa, extensão e inovação para os estudantes da Universidade.

Estudantes vulneráveis

Segundo a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), um bloqueio de mais de 14,5% sobre o orçamento e, inclusive, nos recursos para a assistência estudantil, inviabiliza o atendimento aos estudantes socioeconomicamente vulneráveis. A Andifes divulgou uma nota de repúdio e convocou reunião extraordinária do Conselho Pleno.

O bloqueio no orçamento atinge outros órgãos vinculados ao MEC, o, o (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e a (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).