‘FBI brasileiro’: MS tem 147 peritos que elucidaram casos de sequestros e até de ‘múmia’

Dia do Perito Datiloscopista é neste sábado e faz parte de calendário de eventos de Campo Grande

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papiloscopista
Peritos atuam na elucidação de crimes (Divulgação)

Mato Grosso do Sul também tem o seu FBI (Departamento Federal de Investigação) – famoso nas séries e filmes estadunidenses. Atuando na Polícia Civil, os peritos datiloscopistas – ou papiloscopistas – desempenham um papel importante nas cenas e resolução dos crimes no Estado. Neste sábado (5), é comemorado o Dia do Perito Papiloscopista.

No Estado, segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), 147 estão em atividade atualmente. As funções profissionais se assemelham àquelas do FBI, que são os responsáveis por investigar e definir autoria em cenários de crimes. Eles são especialistas em identificação humana e produzem provas técnica-científicas relacionadas aos dados biométricos de pessoas vivas ou em cadáveres.

Em MS, a comparação das impressões digitais é feita de forma informatizada e os profissionais usam um banco de dados do RG Civil, que tem aproximadamente 2.770.000 cadastros. O Dia do Datiloscopista está no calendário de eventos da Capital desde 2010.

Atuação

Conforme a SInpad/MS (Sindicato dos Papiloscopistas e Peritos Oficiais de Mato Grosso do Sul), entre as principais funções de um papiloscopista estão a identificação humana por meio de perícias em impressões papiloscópicas – presentes nas palmas das mãos e na sola dos pés, as quais podem ter sido coletadas diretamente nos indivíduos ou levantadas em locais de crime -,  além de Representação Facial Humana.

Também são eles que fazem a comparação Facial Humana, com o objetivo de identificar a autoria de uma cena de crime. Os peritos também prestam atendimento ao público diariamente para a emissão de carteiras de identidades e atestados de antecedentes.

O ingresso à carreira se dá após aprovação em concurso público específico da Polícia Civil, no qual os servidores passam a integrar o quadro do Instituto de Identificação, que é subordinado à CGP (Coordenadoria Geral de Perícias).

Foto: Divulgação

 

Resolução de casos

No ano passado, a perícia papiloscópia ajudou a solucionar algunas casos de repercussão em MS. Pode-se destacar a identificação do corpo encontrado em “estado de mumificação” em viaduto de Campo Grande. A equipe de peritos utilizou a técnica de destacamento das luvas dérmicas, processo que é realizado em laboratório. Com a regeneração do tecido e o tratamento repetidas tentativas, foi possível fazer a coleta necropapiloscópica.

Também foi graças à perícia que o paraguaio Luciano Gonçalos Ruiz, de 42 anos, encontrado morto às margens da MS-386, em Aral Moreira, foi identificado. Para chegar à identificação, foi utilizado o método do “entintamento” direto da mão direita, que apresentava condições favoráveis à Papiloscopia. Após, foi feita a inserção ao Sistema AFIS (automatizado de identificação humana), constatando e confirmando a identidade da vítima.

Além disso, os autores de sequestro a uma mulher de 50 anos, em Campo Grande, foram identificados pela digitais no veículo usado no crime. O sequestro aconteceu em setembro de 2021, quando dois criminosos levaram a vítima após invadir a residência dela, na Vila Antônio Vendas. 

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