Os termos podem até soar estranho, só que o significado é “muito familiar” para alguns pais ou responsáveis pelos alunos. Vira e mexe, se deparam com crianças doentes e o convívio com coleguinhas é o resultado da propagação destas disfunções virais, seja na creche ou escolas, dando origem aos nomes “escolite, crechite ou síndromes da creche”.

As doenças, no caso, são as gripes, cataporas, rubéolas e a covid, sem falar nos surtos de piolhos. Só que, com a necessidade da convívio escolar e da socialização infantil, como se prevenir? A dona de casa Fernanda Soares, de 32 anos, matriculou o filho em uma creche, no bairro Santa Luzia, em Campo Grande, este ano. No entanto, ao mesmo tempo que acompanha a evolução dele, também não deixa de verificar a caderneta de vacinação.

“Duas semanas depois dele entrar na creche já ficou gripado. A caderneta de vacinação está em dia, principalmente depois que eu percebi que o Valdir [Neto, de 4 anos] é um mês gripado e outro mês bem. Sempre tem essas viroses e algumas mães comentaram que pega a imunidade mesmo depois de um ano. Também dou xarope sempre. Agora ele está bem”, argumentou a mãe ao Jornal Midiamax.

Criança não deve ir doente para creche, diz infectologista

Conforme a infectologista Priscila Alexandrino, assim que as crianças passam a ter mais contatos, a chance de contaminação viral ou infecciosa é muito maior, então, é importante que todas as doenças transmissíveis sejam prevenidas.

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Foto: Divulgação/PMCG

“A família deve verificar a questão das vacinas, se a crianças está apresentando sintomas. Ao primeiro sinal, a não deve comparecer na creche, não deve ir doente”, ressaltou.

Sobre a prevenção, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ressalta que os cuidados para prevenção das doenças virais, no interior das creches, são praticamente os mesmos que podem ser feitos em casa:  usar solução desinfetante nas superfícies e objetos, além da manutenção de ambientes arejados.

Vacina é a forma mais efetiva de prevenção, diz Sesau

No caso da vacina, a também fala que é a forma mais efetiva de prevenção e, por isso, a caderneta deve sempre estar atualizada. Conforme a assessoria, nos últimos anos, o índice de cobertura vacinal, sobretudo entre as crianças, têm ficado abaixo do esperado.

“Importante também fazer o acompanhamento regular. A criança é mais propensa a desenvolver forma mais graves de doenças respiratórias, por exemplo, e outros quadros como desidratação podem se agravar”, explica a Secretaria.