Dourados concentra 50% dos casos ativos da varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul
Campo Grande é a cidade com maior número de casos confirmados da doença em MS
Mariane Chianezi –
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Mato Grosso do Sul tem atualmente 8 casos ativos da varíola dos macacos, a Monkeypox, sendo 50% dos casos em Dourados. Conforme boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), o Estado segue com 139 casos confirmados da doença e 44 testes em análise.
Segundo os dados, são 4 casos ativos em Dourados, e um ativo nas cidades de Campo Grande, Três Lagoas, Chapadão do Sul e Miranda. São 135 pessoas curadas da doença, sendo somente na Capital 100 pacientes recuperados.
A maioria dos infectados continua sendo os homens, com 87,4% das confirmações. Apenas 12,6% das pessoas que contraíram a varíola são mulheres. E de acordo com o levantamento, do total de contaminados, 61,8% podem ter contraído a doença através de ato sexual.
Testes feitos em MS
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) recebeu dois kits de diagnóstico da varíola dos macacos com capacidade para 190 testes da doença. Antes, as amostras de casos suspeitos eram enviadas para laboratórios no Rio de Janeiro, agora, com os materiais enviados pelo Ministério da Saúde, o Estado poderá fazer as análises direto no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública).
Ao todo, serão realizados 30 testes por dia e a expectativa é de que o serviço começaria já nesta quarta-feira (26). De acordo com a Secretaria, técnicos do Lacen fazem os últimos ajustes de compatibilidade entre os kits encaminhados e os equipamentos usados no laboratório.
“Segundo dados do Ministério da Saúde, o teste encaminhado para o Estado é capaz de fazer a identificação do vírus a partir das amostras colhidas em cada indivíduo. O material genético é coletado a partir da secreção formada pelas lesões que surgem na pele”, explica o secretário de Saúde, Flávio Britto.
Monkeypox
A doença é causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Embora receba a nomenclatura de “varíola dos macacos”, o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação entre pessoas.
Os sintomas mais comuns da varíola dos macacos são: erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele; adenomegalia/linfonodos inchados, também conhecidos como ínguas; dor de cabeça; calafrios e fraqueza. Quem apresentar quaisquer sintomas deve procurar uma unidade de saúde.
Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste.
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