Com 4 mortes confirmadas em MS, veja o que se sabe sobre a H3N2
SES tem reforçado o pedido para que a população mantenha os protocolos de biossegurança usados para a Covid-19
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Com quatro mortes já confirmadas por H3N2 em Mato Grosso do Sul, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) tem reforçado o pedido para que a população mantenha os protocolos de biossegurança usados para a Covid-19, com o objetivo de mitigar a disseminação do vírus da Influenza H3N2 no Estado.
Conforme último Boletim Epidemiológico da Influenza, referente à semana epidemiológica 51, a SES registra 44 casos positivos para H3N2. A primeira morte em MS por H3N2 aconteceu no dia 21 de dezembro em Campo Grande. Jovem de 21 anos deu entrada no CRS (Centro Regional de Saúde) Nova Bahia no dia 20 de dezembro, ele foi transferido para o Hospital Regional, mas não resistiu e faleceu.
O segundo óbito foi de uma idosa de 76 anos no dia 28 de dezembro, em Corumbá. Ela estava internada na Santa Casa da cidade. No último dia 30, foi confirmado o terceiro óbito por H3N2 no Estado. A vítima foi uma mulher de 55 anos, moradora de Dourados, que teve início dos sintomas em 23 de dezembro, deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no dia 27 e veio a falecer na área vermelha da UPA em 28 de dezembro. A quarta morte é de uma mulher de 35 anos, moradora de Campo Grande. Ela começou a sentir os primeiros sintomas no último dia 29 de dezembro, foi internada no último dia 1º na Santa Casa e veio a falecer neste domingo (2).
Flurona
A notícia de que Israel havia registrado um caso raro de infecção dupla de gripe e Covid-19 em uma mulher grávida causou preocupação. O quadro foi apelidado pela imprensa local como “flurona” — uma mistura das palavras “flu” (“gripe”, em inglês) e “corona” (de “coronavírus”). De acordo com Raquel Muarrek, infectologista da Rede D’Or, esse tipo de infecção não é exceção, embora não seja comum. “A pessoa pode estar saindo de um quadro e entrar no outro já em seguida, testando positivo para os dois patógenos por um período de tempo”, explica.
Conforme o portal Viva Bem, da UOL, mesmo assim, é importante dizer que não há dados consistentes para afirmar que esse tipo de infecção combinada está aumentando, ou seja, motivo de preocupação. “No Brasil, especificamente, ainda temos uma defasagem de dados oficiais, portanto, não conseguimos dizer ao certo quantas pessoas estão de fato doentes”, lamenta Muarrek.
Como evitar?
Os cuidados são muito semelhantes aos adotados para evitar o contágio da Covid. Confira:
- Higienizar as mãos com frequência;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
- Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social;
- Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração;
- Evitar visitas a hospitais;
- Ventilar os ambientes.
Vacinação
A vacinação para influenza A e seus subtipos está disponível nos postos de saúde. São considerados grupos prioritários crianças de 6 meses a 6 anos de idade. Trabalhadores de saúde, da área da segurança, das Forças Armadas, pessoas privadas de liberdade e idosos acima dos 60 anos.
Dúvidas frequentes
Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?
Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.
Qual a diferença da gripe comum para a “gripe A”?
O que popularmente ficou conhecida como “gripe A” é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e sobrecarga da rede de serviços de saúde. Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.
Qual o critério para a escolha dos grupos?
Os grupos prioritários são escolhidos levando em conta as pessoas com mais chances de desenvolver complicações a partir da gripe. Os critérios são construídos a partir da investigação do perfil dos casos graves e dos casos de óbito por gripe.
Qual exame deve ser feito para a comprovação da infecção por algum desses tipos da Influenza?
O exame preconizado para detecção do vírus é o Swab Combinado Naso/Orofaringe, uma coleta simples em que o produto coletado é a secreção nasal e oral do paciente. Esta é feita com swab (um cotonete um pouco maior do que utilizado em casa).
*A SES (Secretaria de Estado de Saúde) confirmou após a publicação desta matéria, ainda nesta terça-feira (4), a quinta morte pelo subtipo H3N2 em Mato Grosso do Sul, elevando assim a mortalidade pela doença. O número de casos também subiu, chegando a 91 registros.
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