Em gesto inesperado, profissionais da saúde recebem bolo de agradecimento durante imunização no Albano Franco
Hipertensa, Gestante e zelador explicaram suas batalhas individuais para vencer o coronavírus
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Lágrimas, reação biológica normalmente utilizada para externar um sentimento humano. Na tarde deste sábado (22), no posto de vacinação contra a Covid-19 do Albano Franco, a emoção expressada por elas foi de agradecimento entre aplicadores e imunizados, gerado pela entrega inesperada de um bolo de chocolate.
Era para ser mais um dia de vacinação comum, mas lidando com a saúde pública há mais de 18 anos e com o peso do salvar uma vida a cada aplicação, as lágrimas vieram à tona depois um gesto simbólico, um presente que mudou o dia de quem luta na linha de frente da pandemia.
“É gratificante você nunca sabe o dia de amanhã, não esperava receber. Estamos aqui para fazer o melhor, independente de classe social. Estamos aqui para mostrar a diferença porque são vidas, muitos já morreram ou estão entubados, tratamos cada vida com muito amor e carinho”, disse a técnica de enfermagem Sandra Regina Duarte, de 49 anos.
Autora do gesto inesperado, Patrícia Castilho de 40 anos, tomou a 1º dose da vacina Astrazeneca e sentiu o temor do vírius ficar mais distante. Hipertensa, a entrega do bolo foi um pequeno gesto de retribuição aos que trabalham todos os dias no combate da pandemia. “É uma coisa que você sente no coração. Tenho pessoas próximas que trabalham na área da saúde e sei como é a situação. Largam a família para estar aqui o dia todo”, disse Patrícia.
A técnica fez questão de ressaltar que o mérito é sempre em conjunto, e que cada membro da equipe é merecedor desse reconhecimento. “A gente sempre recebe esses gestos, cada um de nós vai comer um pedacinho, esse bolo é da equipe do Albano Franco,”finalizou Sandra Regina Duarte.
Gestação na pandemia
Para quem está gerando um filho em um mundo pandêmico e ainda pegou Covid-19 durante a gravidez, a vacina é um símbolo do nascimento de uma nova fase de proteção, para quem andou de ônibus todos os dias para trabalhar. “Sensação muito boa. Muitas gestantes morreram de coronavírus. Não parei de trabalhar, continuei andando de ônibus e peguei o vírus no 5º mês de gestação”, disse a vendedora Hemylin Ferreira, de 21 anos.
Felizmente os sintomas foram leves e o bebê já está no 8 mês de gestação. Agora, a proteção de mão ganhou mais um patamar, com a aplicação da 1º dose da Pfizer.
Trabalhando com pessoas diariamente e perdendo três pessoas próximas para o vírus, o zelador de Shopping Victor dellatorre, de 21 anos, sentiu alívio após de receber a 1º dose da Astrazeneca. “ A gente estava esperando bastante, trabalhamos com lixo, com público e várias famílias por dia. Eu perdi pessoas que trabalhavam em mercado e não tiveram a oportunidade que estou recebendo hoje”, finalizou.
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