Famílias antecipam homenagens e dia de Finados tem movimento tranquilo no cemitério Santo Antônio

Há poucas famílias e ambulantes no local e o movimento é menor do que o registrado na segunda-feira

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“É o dia que eles mais esperam nossas orações”: Famílias prestam homenagens àqueles que se foram.
“É o dia que eles mais esperam nossas orações”: Famílias prestam homenagens àqueles que se foram.

Muitas famílias preferiram antecipar as homenagens para a véspera do feriado e, por isso, a movimentação tem sido tranquila nos cemitérios neste dia de Finados (2) em Campo Grande. No cemitério Santo Antônio, havia poucas famílias e vendedores ambulantes nesta manhã. Contudo, algumas famílias não deixaram a tradição de lado e decidiram prestar as homenagens logo cedo.

Uma profissional que atua com a limpeza dos túmulos conversou com a reportagem e explicou que o movimento nesta manhã é menor do que o de segunda (1º). Isto acontece porque muitos campo-grandenses anteciparam a visita aos túmulos, com o objetivo de evitar aglomeração.

Sônia presta homenagens e ainda pretende percorrer trajeto a pé. (Foto: Marcos Ermínio)

 

A aposentada Sônia Maria Monteiro, de 70 anos, esteve no cemitério logo cedo para visitar os túmulos da mãe, do pai, tios, avós e primos. Católica, ela conta que o dia de Finados é importante para prestar homenagens. Depois, ela pretende voltar a pé para casa e percorrer cerca de 3,5 km, como uma forma de sacrifício.

“[Venho por] saudade, reconhecimento pelo que fizeram por mim. Eu sinto que eles estão sempre comigo, mas eu tenho que tirar uma manhã, umas horas para ficar aqui. A saudade fica, mas a gente não pode esquecer”, explica.

Aos 66 anos, Thereza também resolveu comparecer logo cedo ao cemitério. Ela explica que é uma tradição milenar e que deve ser mantida. Ela veio visitar o túmulo dos pais, acompanhada do filho, nora e da neta. “A gente vem hoje porque é o dia de Finados. A gente se sente na obrigação de vir e rezar, por mais que rezemos todos os dias”, diz. Depois, a família pretende visitar outros cemitérios da cidade.

Cláudia e Maria compareceram logo cedo ao cemitério. (Foto: Marcos Ermínio)

 

Cláudia Hokama compareceu ao cemitério com a irmã Maria, que tem deficiência. Ela explica que ambas quiseram prestar homenagens aos pais. “Eles deixam muita recordação, temos gratidão pelo que fizeram, o amor que construíram é a base de tudo. Somos 10 irmãos, espalhados no Brasil e no Japão. Todo dia é dia de saudade, mas hoje é um dia de estar perto”.

No cemitério, há uma cruz onde pessoas fazem orações. Uma das pessoas no local rezou para as outras que estavam ao redor, em homenagem aos Finados. “É o dia que eles mais esperam nossas orações”.

Há menos vendedores ambulantes no local. (Foto: Marcos Ermínio)

 

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