Em mais um ano de pandemia, professores continuam improvisando equipamentos para dar aula

Educadores contam que tiveram que investir para prosseguir lecionando

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O cenário que a pandemia da Covid-19 impôs aos trabalhadores foi e continua sendo desafiador. No setor da educação, por mais um ano, professores tiveram que deixar a sala de aula e improvisar equipamentos para ensinar no ano letivo de 2021, que segue sem previsar de retorno a forma presencial. Em Campo Grande, educadores investiram desde internet a uma ‘mini’ sala de aula em casa.

Adriana Fatima Oliveira se viu em uma situação nova, teve que aprender a mexer na internet com ajuda de amigos. Para dar aula e manter diálogo com os alunos, investiu na compra de um celular mais moderno.

“Eu não sabia nada de tecnologia, de aplicativos. Tive que mudar meu plano de Internet para melhorar a conexão, comprei um celular com mais memória, porque o que eu tinha era ótima para minha rotina, antes da pandemia. Além do cronograma escolar, tem planejamento, vídeos, trabalhos burocráticos, entrar em contato com a família das crianças. Minha rotina mudou muito”, conta.

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‘Improviso’ para dar aulas, mas sem perder a alegria. (Foto: Arquivo Pessoal

Joyce Garcia Campos foi além, construiu uma ‘mini sala de aula’, para conseguiu se dedicar a profissão. Para se ter uma ideia, a educadora improvisou uma tela verde, o chroma key, que ajuda na resolução de vídeo, ‘gambiarra’ na iluminação, tripé, além de eletrônicos como celular e computador. Embora já ‘acostumados’, ela conta que vários professores estão com saudade de abraçar, sem perigo, os alunos

“Todo mundo foi pego de surpresa, quem imaginava dar aulas e ter aula em casa com barulho de papagaio, periquito, cachorro, vizinhos? Tive que buscar cursos on-line gratuitos para edição de vídeo, tive que aprender. Uma coisa que percebi, é que a parceria com os professores aumentou. Tenho colegas de outras cidades, trocamos ideias e atividades”, disse.

Ela também ressalta que faz questão de se arrumar para as aulas infantis e passar alegria aos alunos. “Contratei até uma câmera girls, minha filha”, brinca. 

Professora concursada há 13 anos, Leila Keese Colombo, não esconde o amor pela profissão, mas igual as demais que estavam acostumadas com o giz e lousa, a tecnologia foi a principal dificuldade na adaptação.

“Tive que buscar conhecimentos sobre programas para deixar minhas aulas online prazerosas para meus queridos alunos. Para que a família realize as atividades, procuro utilizar alguns materiais que sejam recicláveis, utilizando somente recursos que a família tem em casa. Investi muito mais meu tempo para aprender como utilizar os diversos programas”, relata.

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