Vídeo gravado nesta segunda-feira (17) por ribeirinhos mostra dezenas de peixes agonizando até a morte no assoreado Rio Correntes, em , a 364 quilômetros de Campo Grande. (Veja o vídeo no fim da reportagem)

Segundo os moradores, o motivo dos danos ambientais seria a hidrelétrica Ponte de Pedra, que teria fechado as comportas. Com isso, o nível do rio caiu drasticamente, inclusive secando em alguns pontos, causando a morte de peixes – somente no trecho mostrado do vídeo foram dezenas.

O informou ao Jornal Midiamax que está ciente da situação e enviou uma equipe ao local para apurar o corrido e tomar as devidas providências.

A PMA (Polícia Militar Ambiental) também enviou equipes ao local para apurar possíveis infrações ambientais.

Riscos ambientais

Desde 2018, a ONG (Organização Não Governamental) Ecoa alerta sobre os riscos ambientais no local. Além das barragens, outro motivo apontado é a criação de gado às margens do rio.

Trecho publicado pela ONG na época já relatava a situação do rio: “O rio Correntes, um dos rios que abastece o Pantanal, apresenta sinais claros de sua morte. Onde havia abundância de peixes, berçários de periquitos e araras, agora só se vê troncos tombados, e um fino rio com braços criados que antes não existiam”.

A usina emitiu uma nota a respeito do caso. Leia abaixo:

A Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra, localizada na divisa do  Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul,  informa a ocorrência de um desligamento intempestivo, não previsto, da usina por volta das 11 horas (horário de Brasília) desta segunda-feira (17/8), que causou a redução da vazão vazante do rio Correntes na região dos municípios de Sonora (MS) e Itiquira (MT). A companhia esclarece que em nenhum momento a vazão sanitária foi interrompida, vazão mínima adequada para o rio, e que não houve o secamento do rio Correntes.

 Imediatamente, as equipes da usina trabalharam para restituir a vazão do rio Correntes, sendo normalizada a situação e consequentemente a geração de energia. Com a situação já normalizada, a empresa está levantando mais informações para entender os motivos da ocorrência. O Ibama foi informado imediatamente sobre o incidente, assim como as prefeituras e secretarias de meio ambiente de Sonora (MS) e Itiquira (MT).  O órgão ambiental realizou vistoria técnica no empreendimento nesta terça, 18/08.  (Alterada para acréscimo de informações)