Médicos Sem Fronteiras são liberados para atuar em aldeia urbana e caciques fazem apelo

Caciques de aldeias indígenas de Aquidauana, a 140 quilômetros de distância de Campo Grande, continuam fazendo apelos pelas redes sociais para receber o apoio dos Médicos Sem Fronteira no combate ao coronavírus, que havia sido vetada pelo Ministério da Saúde. Segundo o cacique Nerio Kadoshi, da aldeia Limão Verde, a Ong (Organização Não Governamental) foi […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Caciques de aldeias indígenas de Aquidauana, a 140 quilômetros de distância de Campo Grande, continuam fazendo apelos pelas redes sociais para receber o apoio dos Médicos Sem Fronteira no combate ao coronavírus, que havia sido vetada pelo Ministério da Saúde.

Segundo o cacique Nerio Kadoshi, da aldeia Limão Verde, a Ong (Organização Não Governamental) foi autorizada pela secretaria municipal de saúde, apenas atuar na aldeia urbana, em Anastácio.

“Está havendo um descaso muito grande por falta de atendimento médico, falta de sepultamento com biossegurança, falta de assistência médica pelo polo da cidade. Para se ter uma ideia, o polo tem apenas uma viatura para atender toda as aldeias, e isso acorre com agendamento”, disse.

Ainda de acordo com a liderança da etnia terena, além das mortes de parentes em decorrência da Covid-19, famílias estão passando fome.

“A situação que a gente está vivendo só piora, a União não está respeitando o estatuto indígena. Estamos com descaso na alimentação, alguns chegaram a receberam cesta básica. Eu tenho buscado ajuda de parceiros para levar, mas a união está dificultando”, lamenta.

O boletim epidemiológico já soma 678 casos confirmados da doença nas aldeias Água Branca, Bananal, Colônia Nova, Imbirussú, Ipegue, Lagoinha, Morrinho. Cedro, Esperança, Arara Azul, Buritizinho e Limão Verde.

Conteúdos relacionados

lama