Suspensão de aulas não são férias e estudantes precisam ter rotina de estudos em casa
A suspensão das aulas na rede pública de Campo Grande por 20 dias, como medida preventiva à infecção pelo novo coronavírus (Covid-19), pegou pais desprevenidos e trouxe muitas dúvidas. Afinal, o que os estudantes farão durante o período sem aulas? O decreto que suspende por 20 dias as aulas da Reme (Rede Municipal de Ensino), […]
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A suspensão das aulas na rede pública de Campo Grande por 20 dias, como medida preventiva à infecção pelo novo coronavírus (Covid-19), pegou pais desprevenidos e trouxe muitas dúvidas. Afinal, o que os estudantes farão durante o período sem aulas?
O decreto que suspende por 20 dias as aulas da Reme (Rede Municipal de Ensino), a partir da próxima quarta-feira (18), se justifica na estratégia de diminuir a propagação do vírus. Várias prefeituras do interior, como Dourados e Corumbá, devem seguir o mesmo rito.
O Governo do Estado, porém, vai manter o calendário escolar normalmente – a suspensão da REE (Rede Estadual de Ensino) só deve ocorrer caso aumente o número de casos confirmados e a população não consiga manter baixa a circulação do vírus.
Desta forma, com parte significativa na população estudantil em casa, verdadeiros desafios emergem – desde com quem deixar os filhos em casa, como que atividades devem ser desempenhadas para manterem os alunos ocupados?
As dúvidas atingiram em cheio a enfermeira Maria Clara Benites, mãe de Ana Clara, de 8 anos. No primeiro momento, a dúvida maior era com quem deixar a filha. “Depois que acertei com minha mãe e minha sogra, que vão ficar com as outras crianças da família, a preocupação foi como mantê-las ocupadas. Decidimos que elas vão ter horários de estudo, leitura e lazer”, afirma.
Benites seguiu o caminho mais indicado. A primeira coisa a ser compreendida é que a suspensão das aulas não são férias escolares. Pelo contrário: os estudantes precisam manter rotinas que envolvam tantos os conteúdos escolares como atividades lúdicas e de lazer.
“O ideal é que os pais consigam conciliar rotina em casa para que as crianças não se afastem das rotinas escolares. E, para isso, é importante que busquem orientação da escola sobre o conteúdo que deve ser trabalhado enquanto as aulas estiverem suspensas”, explica a psicopedagoga especializada em ensino Glaucia Benini.
TV e internet controlados
Benini também destaca que, além da rotina de estudos, que deve ser feita conforme orientação da própria escola, é preciso manter a disciplina dos horários e controlar o acesso à TV e aos dispositivos digitais, como telefones celulares com acesso à internet.
“As escolas devem preparar ops conteúdos que vão ser trabalhados em casa e cabe aos pais estabelecer as rotinas, os horários e também o acesso à TV e internet, que podem ser distrações. Até videoaulas podem ser uma alternativa. Já há algumas escolas preparando esse tipo de material. Com toda a tecnologia que já temos, estar em quarentena não significa ficar sem fazer nada”, acrescenta.
Saúde emocional e vínculos parentais
A psicopedagoga também destaca que a suspensão de aulas, bem como uma eventual ordem de quarentena – o que ainda não foi declarado no Brasil – deve ser aproveitado pelos pais para aumento do vínculo familiar, até para fortalecer o lado emocional que a crise do novo coronavírus pode causar.
“Fortalecer esse vínculo é importante porque estamos numa época de insegurança. Afinal, as crianças estão vendo o que está acontecendo, elas sabem que tem um vírus, que pode matar, e que altera a rotina delas. Isso também abala o lado emocional e pode até mexer em algumas questões. Como todo mundo está mais sensível, o vínculo familiar pode trazer conforto”, destaca Benini.
E quem trabalha o dia todo?
Outra questão que surge com o crescimento das infecções de Covid-19 e a suspensão das aulas é: com quem os pais que trabalham o dia todo vão deixar os filhos? Esta talvez seja uma das questões mais sensíveis envolvendo esse imbróglio, mas há algumas soluções.
Glaucia Benini aponta que alguns locais, como brinquedotecas, estariam com protocolos dentro das normas da epidemia, o que possibilitaria receber crianças. “Alguns pais já estão fechando pacotes com esses locais”, destaca.
Como esse recurso envolve possibilidades financeiras, porém, a solução mais comum é contar com o apoio de familiares. “Geralmente, os pais que trabalham o dia todo procuram deixar os filhos com algum parente, seja irmã, irmão, avó, avô, enfim, alguém que não esteja trabalhando. Cada família se ajusta de uma forma, não há um padrão”, conclui.
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